Reforma administrativa inclui meios digitais

Por Estadão Conteúdo

O ministro da Economia, Paulo Guedes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que o uso intensivo de novas tecnologias é um dos pontos principais da reforma administrativa proposta pelo governo. Nesse sentido, a abertura de vagas no serviço público será menor.

“Se não, não é possível elevar salários. Queremos deixar um legado de administração pública de melhor qualidade”, enfatizou, em audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta de reforma administrativa (PEC 32/20). Mais cedo, ele participou de outra audiência na Casa, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

O ministro defendeu que as contratações de funcionários públicos possam ser flexíveis, como já acontece em caso de obras públicas. “Um exemplo típico é o censo. Você contrata um monte de gente e no ano seguinte desmobiliza. A mesma coisa com obras de infraestrutura”, destacou.

Guedes pediu que os parlamentares não encarassem essa flexibilização de contratações como uma tentativa de fragilizar o serviço público. “Pelo contrário, nós queremos é reforçar”, argumentou.

O ministro admitiu que o texto enviado ao Congresso é diferente da proposta inicial que ele tinha em mente. “Esta é a reforma administrativa dos sonhos? Não. Eu tinha ideias muito mais ambiciosas, mas fui aprendendo”, afirmou. “Não precisamos mexer no passado, podemos construir um futuro melhor”, concluiu. (Estadão Conteúdo)