Quadrilha matou delegado e arquiteto

Grupo roubava celulares, alianças e motos na capital paulista

Por Cruzeiro do Sul

Delegado Belarmino foi morto em janeiro, na zona sul

As 11 prisões realizadas pela Polícia Civil em uma operação contra uma quadrilha de roubos de celulares, alianças e motocicletas, alcançou suspeitos de envolvimento em latrocínios de grande repercussão nos últimos meses. “Podemos associar esses criminosos à morte do doutor Belarmino, do arquiteto Jeferson e do ciclista Victor Medrado. É uma conexão de latrocínios e tentativas de latrocínios e roubos”, afirmou Ronaldo Sayeg, diretor do Deic.

Um dos crimes foi a morte do delegado Josenildo Belarmino, em assalto ocorrido em janeiro na Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo. O caso gerou enorme comoção entre os moradores do bairro, que fizeram protestos contra a violência. O delegado foi morto a tiros, no meio da rua e em plena luz do dia. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança.

Outro caso foi a morte do arquiteto Jeferson Dias Aguiar, durante uma tentativa de assalto no Butantã, zona oeste de São Paulo, em abril. O assassinato do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, morto em 13 de fevereiro, durante um assalto em frente ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, também é um dos crimes atribuídos ao grupo.

Embora os executores desses crimes já tenham sido presos, a polícia afirma que os suspeitos detidos na operação de ontem (16), chamada Conexões Ocultas, integravam o mesmo grupo criminoso.

Todos os suspeitos presos possuem ligações com a quadrilha, incluindo receptadores e suspeitos de fornecer armas e placas falsas.

Uma das lideranças do esquema de receptação e fornecimento de armas é Suedna Barbosa Carneiro, a “Mainha do crime”, que alugava os equipamentos para os criminosos praticarem roubos de moto e depois comprava os aparelhos roubados. Ela permanece presa. (Estadão Conteúdo)