Irmão de PM é preso na investigação de execução de ex-delegado
Acusado teve prisão decretada por suspeita de envolvimento na morte de Ruy Ferraz Fontes
O dono do imóvel usado pelos criminosos que mataram o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes teve a prisão temporária decretada pela Justiça ontem (20). Ele é irmão de um policial militar. Foi na casa dele na Praia Grande, no litoral paulista, que a jovem Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, presa por envolvimento no caso, buscou um saco azul que continha um dos fuzis usados no assassinato.
O imóvel já foi alvo de perícia e o DHPP aguarda o relatório técnico. Ele é o sétimo identificado pela polícia por suspeita de participação no assassinato e o quarto foragido.
A Secretaria da Segurança Pública já havia confirmado a prisão de Rafael Marcell Dias Simões, de 42 anos, conhecido como “Jaguar”. Na sexta-feira (19), a polícia prendeu Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão”.
Embora a polícia confirme a participação do PCC, as investigações ainda não chegaram à motivação do assassinato. Os investigadores trabalham com duas principais hipóteses.
A primeira é de vingança por parte da facção contra o ex-delegado-geral, que tinha um histórico de combate ao grupo criminoso. Fontes foi o responsável por indiciar Marcola e outros líderes do PCC no início dos anos 2000 e estava jurado de morte.
A segunda hipótese estaria relacionada à atuação de Fontes como secretário de Administração na prefeitura de Praia Grande. A suspeita é de que o ex-delegado tenha interferido em contratos de licitação que prejudicaram alguma entidade ligada a criminosos. (Estadão Conteúdo)
Presos:
Dahesly Oliveira Pires
Rafael Marcell Dias Simões, vulgo “Jaguar”
Luiz Henrique Santos Batista, vulgo “Fofão”
Foragidos:
Flavio Henrique Ferreira de Souza
Felipe Avelino de Souza, vulgo “Mascherano”
Luiz Antônio Rodrigues de Miranda
Dono do imóvel usado pelos criminosos