Zambelli pede à Câmara suspensão de condenação
A deputada federal Carla Zambelli (PL) chamou de “injustiça” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de condená-la a 10 anos de prisão e afirmou que não sobreviveria na cadeia. Segundo a parlamentar, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), deu um “sinal verde” ao líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante, para que seja pautada a suspensão da ação penal.
Segundo Zambelli, ela é portadora de uma síndrome chamada Ehlers-Danlos, que afeta os tecidos conjuntivos do corpo. Ela disse ainda que tem um problema no coração chamado síndrome hipercinética postural ortostática, que não permite que ela permaneça muito tempo de pé, e que toma medicamentos para tratar depressão.
Durante a entrevista, um de seus assessores interrompeu a deputada para lhe entregar remédios. Segundo ele, ela tomou os comprimidos naquele momento porque ele havia esquecido os remédios e atrasado o horário, e não para que tomasse em frente às câmeras.
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na quarta-feira (14) condenar a deputada federal a dez anos de prisão por coordenar invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. A mando dela, o hacker Walter Delgatti Neto inseriu um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes no sistema da Justiça.
O hacker foi condenado na mesma ação a oito anos e três meses de prisão. Zambelli deve iniciar o cumprimento da reclusão em regime fechado, estabeleceram os ministros. Pela Lei da Ficha Limpa, ela também fica inelegível e não pode concorrer em eleições por oito anos. (Estadão Conteúdo)