Câmara de Deputados: Lira sai, Hugo Motta pode entrar

Em clima de já ganhou, Motta chama padre para missa inaugural

Por Cruzeiro do Sul

Lira deixa de ser presidente da Câmara de Deputados hoje

Antes mesmo de se consagrar eleito presidente da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) convidou o padre Fabrício Timóteo, conterrâneo dele, para celebrar uma missa que iniciará este ano legislativo no Congresso Nacional, na segunda-feira (3).

Mesmo ainda não consagrado como o sucessor de Arthur Lira (PP-AL), Motta já republicou postagens de aliados que o chamam de futuro presidente da Casa. Lira deixa hoje a presidência da Câmara.

Há uma expectativa de um jantar de comemoração de Motta para hoje também, 1º dia da eleição. Esse jantar deverá ter a participação de figuras políticas de peso em Brasília e na Paraíba. Motta deverá ter caminho tranquilo para vencer a presidência da Câmara.

Ele disputa o cargo contra Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Ambos os pleitos visam mais marcar posição dos partidos. Novo e PSOL são exceção e resolveram não acompanhar outras 18 siglas, de PT ao PL, que decidiram apoiar Motta.

Na última disputa pela presidência da Câmara, em 2023, os dois partidos saíram derrotados. O candidato do PSOL, Chico Alencar (RJ), teve apenas 21 votos, e Van Hattem, do Novo, obteve 19. Já Lira bateu o recorde histórico e conquistou o apoio de 464 parlamentares.

Ex-presidente

O deputado Arthur Lira ficou recluso depois da morte do pai, o ex-senador Benedito de Lira, e se tornou um tanto ausente de Brasília, mas em movimentações políticas constantes para fazer viagens pelo interior de Alagoas. Ele conversa com prefeitos e deputados estaduais aliados, mirando uma vaga para o Senado em 2026, e tenta viabilizar isso em meio a disputas com seu rival político, Renan Calheiros (MDB-AL).

Há outras alternativas no horizonte. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) — que também deixa a Presidência do Senado, possivelmente para Davi Alcolumbre (União-AP) —, possuem “todas as credenciais políticas” para assumir “novas missões” após deixar as presidências das Casas. (Estadão Conteúdo com informações da Agência Brasil).