Furto de Metralhadoras
Exército nomeia novo diretor para Arsenal
O comando do Exército anunciou ontem (20) a troca do diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, após o furto de 21 metralhadoras do quartel de Barueri. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União. Para o posto foi nomeado o coronel Mário Victor Vargas Júnior.
O tenente-coronel Batista continuará exercendo funções como militar da ativa em outra unidade, informou o Exército. A troca já tinha sido antecipada pelo chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, o general Maurício Vieira Gama, em entrevista coletiva na última quinta-feira (19).
A mudança ocorre em meio à crise causada pelo furto de 21 metralhadoras (13 do tipo .50 e oito do calibre 7,62 mm) do quartel de Barueri. O crime, segundo as investigações, ocorreu entre os dias 5 e 8 de setembro, informou o general Vieira Gama. Oito armas foram recuperadas na quinta-feira, no Rio de Janeiro, mas 13 ainda continuam desaparecidas.
De acordo com o general Maurício Gama, as armas furtadas estavam danificadas, sem condições de uso para o Exército e passariam pelo processo de “desfazimento”. As metralhadoras têm alto poder de fogo: a .50 pode disparar 550 munições por minuto e provocar a queda de helicópteros.
Segundo o secretário estadual de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Marcus Amim, as oito metralhadoras apreendidas na quinta-feira seriam negociadas com o Comando Vermelho, maior facção criminosa do Estado.
Ao chegar ao Rio, as armas foram levadas para o complexo da Penha, depois para a Rocinha e finalmente transportadas para a Gardênia Azul, onde acabaram localizadas e apreendidas pela polícia. Ninguém foi preso. (Estadão Conteúdo)