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Megaoperação na BA deixa seis mortos e faz 15 presos
Ação envolveu polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal
Pelo menos seis pessoas morreram ontem (22) durante megaoperação conjunta das forças de segurança na Bahia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, entre os mortos estão dois suspeitos de chefiar o tráfico de drogas em comunidades de Salvador.
Batizada de Operação Saigon, a ação de ontem contou com cerca de 400 agentes das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. A operação aconteceu na região do bairro de Águas Claras. Além dos seis mortos, 15 suspeitos foram presos. Os policiais tinham um total de 43 mandados para cumprir, incluindo de busca e apreensão.
De acordo com a SSP, dentre os mortos estão Eduardo dos Santos Cerqueira, conhecido como “Firmino” e que seria uma das lideranças do tráfico de drogas no bairro de Águas Claras. Outro suspeito que morreu na ação é Gilmar Santos de Lima, o “Capenga”. Segundo a secretaria de Segurança, ele acumula uma extensa ficha criminal por tráfico de drogas e homicídio.
A mãe e a mulher de Capenga foram presas. Com elas, a polícia encontrou drogas e R$ 8 mil em dinheiro. A mulher do suspeito estava com uma arma.
Na semana passada, o policial federal Lucas Monteiro Caribé foi morto durante operação conjunta das polícias em Salvador. Na sequência, pelo menos nove pessoas foram mortas em ação da polícia.
A Bahia enfrenta uma crise de segurança pública e também tem registrado alto índice de letalidade policial. Dados compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que as mortes decorrentes de intervenção de agentes do Estado mais do que quadruplicaram desde 2015. Naquele ano, a taxa de ocorrências desse tipo era de 2,3 para cada 100 mil habitantes. No ano passado, chegou a 10,4.
A Bahia é governada pelo PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há 16 anos. O presidente foi alertado de que o governo perdeu o debate da segurança pública -- muito em função dos resultados apresentados naquele Estado, cujo atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi governador entre 2015 e 2022. (Estadão Conteúdo)