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Eleições 2022

Garcia e Zema anunciam apoio a Bolsonaro no segundo turno

Presidente recebeu adesão também do ex-desafeto Sérgio Moro

05 de Outubro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
O anúncio de Rodrigo Garcia provocou estragos no PSDB
O anúncio de Rodrigo Garcia provocou estragos no PSDB (Crédito: ANTONIO CRUZ / AGÊNCIA BRASIL)

 

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição recebeu ontem o apoio dos governadores Rodrigo Garcia (PSDB), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Cláudio Castro (), do Rio de Janeiro, para o segundo turno das eleições. Zema e Castro se reelegeram em seus estados, ao contrário de Garcia -- em São Paulo, o segundo turno será entre Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Bolsonaro, e Fernando Haddad (PT).

Garcia foi ao Aeroporto de Congonhas na tarde de ontem (4), para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro e anunciar seu “apoio incondicional” à reeleição. Mas o ato foi criticado internamente por nomes históricos do PSDB, como o ex-chanceler e ex-senador Aloysio Nunes, e por membros de seu secretariado, que foi pego de surpresa. Quatro secretários podem pedir demissão hoje.

Já Zema foi pela manhã ao Palácio da Alvorada encontrar-se com Bolsonaro. “Não poderia deixar, neste momento, de estarmos aqui colocando as nossas divergências de lado. Eu sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro. Sabemos que, em muitas coisas, convergimos e, em outras, não, mas é um momento em que o Brasil precisa caminhar para frente”, declarou Zema. “Eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário”, disse, emendando uma série de críticas ao PT.

“(Minas) É o segundo Estado que tem o maior colégio eleitoral do Brasil, e é decisivo, só quem ganha lá, diz a tradição, pode, realmente, chegar à Presidência da República”, disse o chefe do Executivo. “Agradeço o apoio do Zema aqui, neste momento, mais do que bem-vindo, é essencial, decisivo para nossa reeleição.”

Também ontem Bolsonaro recebeu o apoio, para o segundo turno, do seu ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil), senador eleito pelo Paraná. Moro publicou no Twitter que “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia”. Em resposta, Bolsonaro afirmou que o ex-juiz da Lava Jato “mostrou o que é corrupção no Brasil” e disse que terá, a partir de agora, um “novo relacionamento” com seu ex-ministro da Justiça.

Ciro com Lula

O PDT anunciou ontem o apoio ao candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno. O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT), que ficou em quarto lugar na primeira votação e pautou sua campanha por fortes críticas ao petista, seguiu a decisão da legenda. Em vídeo nas redes sociais, no qual não citou o nome do ex-presidente, ele disse que “frente às circunstâncias”, a opção por Lula “é a última saída”. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)