TCE quer explicações sobre reajuste adiado em pedágios

Governo paulista anunciou compensação financeira às concessionárias

Por Cruzeiro do Sul

Tribunal de Contas pediu detalhes sobre todas as concessões rodoviárias do Estado

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, Dimas Ramalho, deu dez dias para que o governo de Rodrigo Garcia preste uma série de esclarecimentos sobre a suspensão dos reajustes tarifários de pedágios paulistas, com ressarcimento de valores pelo Estado -- um plano de compensação financeira às concessionárias devido ao congelamento dos preços.

Em ofício enviado na sexta-feira, 8, ao governador tucano e publicado no Diário Oficial do Estado na manhã de ontem (9), Ramalho indica que as informações serão usadas como subsídio para o acompanhamento, pela corte de contas, de cada uma das concessões rodoviárias do Estado, além da análise das contas do governo Garcia em 2022.

Citando a piora do cenário econômico, o governo de São Paulo anunciou a suspensão do reajuste tarifário deste ano no dia 30 de junho, um dia antes do prazo em que os novos valores entrariam em vigor.

Diante disso, para garantir o congelamento de preços e evitar a quebra de contratos, o governo decidiu ressarcir as empresas pela falta do aumento. Os pagamentos ocorrerão de forma bimestral até que o reajuste ocorra.

No ofício, o TCE questionou sobre “as razões de interesse público” para a suspensão do reajuste. A corte também quer saber os valores envolvidos em cada contrato de concessão e os impactos às finanças estaduais da medida, assim como a dotação orçamentária que será utilizada para bancar a compensação.

A reportagem buscou contato com o governo Rodrigo Garcia, mas não houve retorno até o fechamento desta edição. (Da Redação com Estadão Conteúdo)