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Fórum de Davos volta após 2 anos com Ucrânia como pano de fundo

22 de Maio de 2022 às 00:01
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Casa pronta para os primeiros debates em Davos.
Casa pronta para os primeiros debates em Davos. (Crédito: FABRICE COFFRINI / AFP (21/5/2022))

Após um hiato de dois anos devido à pandemia, as elites políticas e econômicas mundiais começam a se reunir, hoje (22) na cidade suíça de Davos para o Fórum Econômico Mundial (WEF), dominado pela guerra na Ucrânia e com forte presença latino-americana.

O encontro aconteceu pela última vez na cidade suíça em janeiro de 2020, com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e a ativista ambiental Greta Thunberg como protagonistas, e enquanto crescia a preocupação com uma doença surgida na China da qual pouco se sabia.

Desde então, a pandemia de Covid-19 desestabilizou a economia mundial, causando sérios problemas nas cadeias de suprimentos e aumento da inflação, entre outras coisas.

E desde fevereiro, com a invasão russa da Ucrânia, a crise se aprofundou, principalmente com o aumento dos preços de alimentos e energia.

A pandemia impediu que o fórum acontecesse em janeiro deste ano, como é habitual, e desta vez será realizado, sem neve, entre os dias 22 e 26 de maio sob o tema ‘A história num ponto de viragem: políticas governamentais e estratégias empresariais‘.

‘A agressão da Rússia (...) aparecerá nos livros de história como o colapso da ordem nascida após a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria‘, disse à imprensa o economista Klaus Schwab, fundador do Fórum, garantindo que Davos faria todo o possível para apoiar a Ucrânia e a sua reconstrução.

Além de um discurso do presidente ucraniano Volodomyr Zelensky na segunda-feira por videoconferência, foi anunciada a presença na Suíça de vários políticos ucranianos.

Paralelamente, o WEF suspendeu todas as suas relações com a Rússia, que há anos estava muito presente no evento.

Excluir os russos foi ‘a decisão certa‘, segundo o presidente do WEF, Borge Brende.

‘Diplomacia discreta‘

Juntamente com a questão ucraniana, o fórum, que desta vez reunirá cerca de 2.500 líderes políticos, econômicos, empresariais e da sociedade civil, também abordará questões como mudanças climáticas, desigualdade de gênero ou o surgimento do metaverso.

A América Latina estará muito presente, com discursos dos presidentes do Peru, Colômbia, Costa Rica e República Dominicana e sessões específicas sobre a região.

Paulo Guedes, ministro da Economia. - Serio Lima /  AFP (11/5/2022)
Paulo Guedes, ministro da Economia. (crédito: Serio Lima / AFP (11/5/2022))

O Brasil será representado pelo ministro da Economia Paulo Guedes. Ele embarca hoje para a Suiça.

Segundo a agenda do ministro estão previstas reuniões sobre crescimento sustentável, parcerias econômicas com a Ásia e o Pacífico, perspectivas da conjuntura econômica global e parcerias econômicas na América Latina.

O ministério informou também que Guedes ‘vai apresentar o Brasil como destino privilegiado para investimentos e como um país destacado para soluções de segurança energética e alimentar internacional‘. (Da Redação com informações da AFP)

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