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Covid-19

Positivação sobe de 8,5% para 23,6%

21 de Maio de 2022 às 00:01
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Diversas cidades começam a retomar o uso das máscaras.
Diversas cidades começam a retomar o uso das máscaras. (Crédito: ROVENA ROSA / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL)

 

O porcentual de testes positivos para Covid-19 subiu de 8,5% para 23,6% em um mês no País, aponta levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS). No fim de março, o índice de positividade havia caído para 3,6%, indicando uma possível melhora da pandemia.

Conforme a análise, agora os indicadores estão em alta em todas as faixas etárias e nos seis Estados analisados pelos pesquisadores. Já a taxa de testes positivos para vírus sincicial respiratório (VSR), que pode acarretar em quadros graves em crianças e idosos, se mantém acima de 17%.

O levantamento do ITpS, entidade sem fins lucrativos que visa a auxiliar no enfrentamento a emergências sanitárias, analisou 221,6 mil testes moleculares (RT-PCR e Flowchip) realizados de 1º de fevereiro a 14 de maio pelos laboratórios privados Dasa, DB Molecular e HLAGyn: 95% deles foram coletados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.

O porcentual de positividade no País, que havia caído para 3,6% no fim de março e subido para 8,5% há um mês (na semana até 16 de abril), passou a ser de 23,6% na semana que se encerrou no 14 de maio. O cenário pode indicar um possível aumento de casos no País, o que tem feito algumas cidades recomendarem o uso de máscara de proteção em locais fechados, como Londrina (PR), Petrópolis (RJ) e Poços de Caldas (MG), enquanto outros, como Belo Horizonte, cogitam retomar a obrigatoriedade da proteção individual.

Na quinta-feira (19), foram registrados 10 mil novos casos de Covid no País. Em duas semanas (30 de abril a 14 de maio), a positividade de testes para Sars-CoV-2 subiu nos seis Estados analisados pelo ITpS: São Paulo (de 14% para 24%), Rio de Janeiro (de 11% para 23%), Minas Gerais (de 8% para 23%), Mato Grosso (de 6% para 19%), Goiás (de 3% para 19%) e Distrito Federal (de 3% para 11%).

Em relação à positividade por faixa etária, também houve aumento generalizado no período, com destaque para as pessoas de 10 a 19 anos (de 13% para 25%), de 50 a 59 (17% para 31%) e 70 a 79 (de 13% para 29%).

SRAG

Os casos de Covid-19 voltaram a predominar entre as ocorrências com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios. Atualmente, eles correspondem a 41,8% dos casos, registrados nas últimas quatro semanas epidemiológicas. No momento, a Covid-19 ressurge como a principal causa de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre os resultados positivos. A análise foi divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz, ontem (20), referente à semana epidemiológica 19, entre 8 e 14 de maio.

Os dados fazem parte do novo Boletim InfoGripe da Fiocruz. Segundo ele, 36% do total de casos de SRAG são de vírus sincicial respiratório (VSR), que atinge fundamentalmente crianças pequenas. “Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre as notificações com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,2% para Influenza A; 0,4% para Influenza B; 36,5% para VSR; e 41,8% para Sars-Cov-2 (Covid-19). Em relação aos óbitos, a presença destes vírus entre os casos positivos foi de 4,6% para Influenza A; 0,7% para Influenza B; 6,6% para VSR; e 79,5% para Sars-Cov-2”, destacou o boletim. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)