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Fiocruz pede cautela com flexibilizações

12 de Março de 2022 às 00:01
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Boletim faz a defesa do uso de máscara em locais fechados.
Boletim faz a defesa do uso de máscara em locais fechados. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (21/11/2020))

O relaxamento de medidas protetivas contra a Covid-19, como o uso de máscaras em locais fechados de forma irrestrita, é prematuro, revela boletim do Observatório Covid-19, divulgado ontem (11), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os pesquisadores afirmam que as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica de transmissão da doença e que ainda não é possível avaliar o efeito das festas e viagens no período do carnaval.

“Flexibilizar medidas como o distanciamento físico (controlado pelo uso do passaporte vacinal) ou o abandono do uso de máscaras de forma irrestrita colabora para um possível aumento, e não nos protege de uma nova onda”, afirma o boletim. “Atualmente, o ideal é voltarmos ao padrão do início da pandemia, quando recomendávamos fortemente o uso de máscaras, higienização de mãos e evitar as aglomerações”, destaca.

O texto afirma, ainda, que as medidas de mitigação tomadas até então para controlar a pandemia ocorreram de forma tardia, quando as ondas de contágio já haviam se instalado, e não de forma proativa, para impedir que se formassem. “Isto significa dizer que o custo humano para chegarmos ao patamar atual foi a perda de 650 mil pessoas, desnecessariamente”.

Jogo duro

As três maiores universidades públicas paulistas -- Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade de Campinas (Unicamp) -- estão exigindo o passaporte da vacina contra a Covid-19 de toda comunidade universitária, inclusive os calouros de 2022. Juntas, elas estão recebendo mais de 20 mil alunos novos este ano. As três instituições prometem cancelar a matrícula de quem recusar a vacina sem motivo comprovado. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)