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Polícia Federal deflagra operação contra gráficas do Enem

Estima-se que cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados para fins de comissionamento da organização criminosa, entre os anos de 2010 e 2018

07 de Dezembro de 2021 às 08:52
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Agentes cumprem 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro
Agentes cumprem 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro (Crédito: Reprodução/Redes Sociais)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (7) a Operação BANCARROTA, decorrente de investigação realizada em conjunto com a Controladoria-Gera da União, que também participa das buscas de hoje.

São cumpridos 41 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, além de ter sido determinado pela Justiça Federal o sequestro de 130 milhões de reais das empresas e pessoas físicas envolvidas. Foram destacados 127 policiais federais e 13 auditores da CGU para o cumprimento das diligências.

Entre os anos de 2010 e 2018, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP contratou para realização do ENEM, sem observar as normas de inexigência de licitação, empresa que recebeu um total de R$728,6 dos cofres públicos neste período. Além disso, apurou-se o envolvimento de servidores do INEP com diretores da referida empresa, bem como com empresas de consultoria subcontratadas pela multinacional.

Os contratos sob investigação totalizaram um pagamento às empresas de R$ 880 milhões, desde 2010. Deste montante, estima-se que cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados para fins de comissionamento da organização criminosa, que é composta por empresários, funcionários das empresas envolvidas e servidores públicos. As investigações apontam para um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores do INEP suspeitos de participação no esquema criminoso.

Os envolvidos são suspeitos do cometimento dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da lei de licitações e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam 20 anos de reclusão. (Comunicação Social da Polícia Federal no Distrito Federal)