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Covid-19

Cenário internacional é risco para o Brasil

28 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Vacinação é esperança para reduzir internações e mortes.
Vacinação é esperança para reduzir internações e mortes. (Crédito: SPENCER PLATT / GETTY IMAGES / AFP)

A alta de casos que forma a quarta onda de Covid-19 na Europa, somada à descoberta de uma nova variante do vírus na África do Sul, tem levantado dúvidas sobre o futuro da situação brasileira na pandemia. Pesquisadores ouvidos pela reportagem afirmam que é difícil prever os rumos da pandemia no País, mas não descartam o risco de uma nova alta nos registros, sobretudo diante do relaxamento de medidas de proteção, como distanciamento social e uso de máscaras. Com o avanço da vacinação, porém, a expectativa é de haver menos internações e mortes.

Para a epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin, Denise Garrett, ainda que seja a principal ferramenta de controle da pandemia, a vacinação não pode ser vista como a única forma de conter novas ondas da pandemia. “A nossa vacinação não segura o aumento no número de casos, sem contar que são milhões de pessoas que ainda não se vacinaram”, alerta Garrett, reforçando a importância de convocar a população para segunda dose.

Diretor da Fiocruz SP, Rodrigo Stabeli reforça que é importante olhar o que está acontecendo especialmente na Europa porque normalmente o que ocorre por lá tem ditado o ritmo da pandemia no País. Desse modo, ele enxerga que é “natural” que o Brasil passe por uma nova onda. A principal diferença é o desfecho dos casos, que pode ser mais positivo com o avanço da vacinação e a manutenção da campanha com doses adicionais. “Em países com a população mais vacinada, como Portugal, Inglaterra e Alemanha, já se vê uma nova onda caracterizada de síndromes leves. A gente vê ainda baixos índices de hospitalização e mortes”, explica Stabeli. “Quando olhamos para Rússia, Áustria e países que têm dificuldade na vacinação, vemos uma onda já caracterizada com alto índice de hospitalização e óbitos.” (Da Redação com Estadão Conteúdo)