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São Paulo tem mais de 66 mil pessoas em situação de rua

16 de Outubro de 2021 às 00:01
Agência Brasil
"A cidade virou um acampamento a céu aberto", diz ativista. (Crédito: ROVENA ROSA / AGÊNCIA BRASIL)

O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo estima que, atualmente, 66 mil pessoas vivem sem teto na capital paulista. Segundo o presidente do movimento, Robson Mendonça, houve um grande crescimento do número de pessoas que dormem nas calçadas durante o período da pandemia de Covid-19.

“Mudou o perfil dessa população, que passou a ser mães com crianças. A cidade passou a ser um acampamento a céu aberto. Para onde você olha tem barraca”, disse.

A estimativa do movimento é feita, de acordo com Mendonça, a partir dos atendimentos oferecidos na sede da entidade, no centro de São Paulo. Além de alimentação, é oferecido apoio para tirar documentos, procurar emprego e buscar atendimento em saúde.

Lançado em janeiro de 2020 a partir de dados coletados em 2019, o último Censo da População em Situação de Rua identificou 24,3 mil pessoas sem teto na cidade de São Paulo. A maioria era negra (69,3%) e 85% eram homens.

Mendonça diz que a crise econômica e algumas medidas para conter a disseminação do novo coronavírus desestabilizaram microempreendedores e trabalhadores do comércio informal. “Muitos micro e pequenos empresários, nessa pandemia, vieram a ficar em situação de calçada”, explicou.

Além do crescimento da população que não tem teto, Mendonça diz que o censo feito pela prefeitura subestimou a quantidade de pessoas sem ter onde morar. Segundo Mendonça, não foram contadas pessoas que estavam internadas para tratamento de uso abusivo de álcool e drogas e parte das pessoas acampadas ou com barracos em via pública, entre outros pontos. “Todos esses dados fizeram com que a contagem não fosse a real”, afirma. (Agência Brasil)