Médica acusada de desviar vacinas para o Judiciário

Por Da Redação com Estadão Conteúdo

Uma profissional de saúde de Roraima foi exonerada do cargo por suspeita de envolvimento em desvio de vacinas da Operação Acolhida, que atende migrantes e refugiados venezuelanos no Brasil, para imunização de membros do Poder Judiciário. A suspeita aponta que a vacinação irregular ocorreu nos dias 12 e 13 de julho.

A servidora Mariângela Nasário Andrade foi exonerada do cargo de coordenadora do Centro Médico e de Qualidade de Vida do Tribunal de Justiça de Roraima (TJ-RR) pelo presidente da instituição, magistrado Cristovão José Suter, segundo publicação do Diário Oficial da Justiça de 14 de julho.

A médica é servidora da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), mas estava lotada no TJ- RR enquanto também fazia parte do projeto de acolhimento aos migrantes do Exército Brasileiro. A suspeita de desvio de vacinas foi levantada por meio de denúncia apontada pelo jornalista Sérgio Ramalho, do Intercept Brasil e foi corroborada pelo senador Telmário Mota (PROS-RR). O Tribunal de Justiça de Roraima confirmou que tomou conhecimento de “possíveis ações” irregulares nas suas dependências e que tomou medidas para “a sua imediata interrupção”.

Em nota oficial, a associação dos magistrados de Roraima (Amarr) negou envolvimento na denúncia e reforçou que nos dias dos fatos (12 e 13 de julho). (Da Redação com Estadão Conteúdo)