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Covid-19

Delta: País tem 247 registros de infectados soma 21 mortes

Casos da nova variante aumenta rapidamente no mundo e preocupa OMS

31 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Vacinação com duas doses tem se mostrado maneira mais eficaz de evitar o contágio.
Vacinação com duas doses tem se mostrado maneira mais eficaz de evitar o contágio. (Crédito: MANAN VATSYAYANA / AFP)

A disseminação da altamente contagiosa variante Delta desafia até mesmo os países com as medidas anticovid mais duras do planeta. A mutação é vista como uma ameaça para economias que tentam recuperar as perdas dos últimos 17 meses e caminhar rumo à vida pós-pandemia. O Brasil já registrou pelo menos 247 casos e quatro mortes pela variante Delta do novo coronavírus.

As infecções pela Covid-19 aumentaram 80% nas últimas quatro semanas na maioria das regiões do mundo, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. As mortes na África - onde apenas 1,5% da população é vacinada - aumentaram 80% no mesmo período. Mais transmissível, essa cepa foi identificada originalmente na Índia e tem freado planos de reabertura de atividades econômicas na Europa e nos Estados Unidos.

No Brasil, dez Estados e o Distrito Federal já reportaram infectados pela variante, mas especialistas acreditam que o número possa ser bem mais alto, diante das dificuldades de vigilância genômica do País. O balanço de casos é do Ministério da Saúde até quinta-feira, (29). O Rio é o Estado com mais contaminados pela cepa (99), seguido de Distrito Federal (51) e Paraná (29). Há ainda São Paulo (25), Rio Grande do Sul (14), Maranhão (7), Santa Catarina (7), Goiás (4), Ceará (4), Minas (4) e Pernambuco (3).

Os primeiros casos da mutação foram identificados no Maranhão, em maio, na tripulação de um navio vindo do exterior. O episódio fez o governo federal enviar doses extras da vacina ao Estado e reforçar a imunização de funcionários do transporte aéreo e terrestre.

Agora, a estratégia da gestão Jair Bolsonaro tem sido enviar lotes extra de vacina aos Estados da fronteira, com o objetivo de criar uma espécie de “cordão epidemiológico” contra as variantes do vírus. Dos óbitos até agora, a maioria foi no Paraná (14), seguido de Distrito Federal (4), Rio (4) e Maranhão (1). A primeira morte com a Delta foi de uma grávida de 42, em Apucarana (PR).

O Ministério da Saúde disse, em nota, que os “respectivos contatos (dos infectados) são monitorados pelas equipes de Vigilância Epidemiológica e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância e Saúde locais, conforme orientação do Guia Epidemiológico da Covid-19”.

A pasta ainda disse ter “reforçado a orientação para Estados e municípios, quanto ao sequenciamento genético, notificação imediata, rastreamento e isolamento dos casos e contatos, além de outras ações de prevenção”.

Estudos mostram que a Delta é mais transmissível que as demais cepas, mas não necessariamente mais agressiva. Cientistas ressaltam que a variante se espalhou em países onde boa parte da população já está vacinada.

Isso poderia explicar o baixo número de internações e mortes. Já se sabe também que apenas a primeira dose de um imunizante pode não ser suficiente para barrar a infecção -- duas injeções têm eficácia contra a nova cepa. (Da Redação com Estadão Conteúdo)