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UE pede investigação sobre polêmica reforma de Putin

03 de Julho de 2020 às 00:01

UE pede investigação sobre polêmica reforma de Putin Crédito da foto: AFP / Sputnik / Alexei Druzhinin

Os russos validaram por 77,92% dos votos a polêmica reforma constitucional que potencialmente autoriza Vladimir Putin a permanecer no poder até 2036, de acordo com a apuração final divulgada ontem, em um resultado classificado como uma “mentira” pela oposição. A União Europeia pediu uma investigação sobre as denúncias de irregularidades durante a votação, dizendo que as alegações foram graves.

A Comissão Eleitoral anunciou que os votos contrários à reforma alcançaram 21,27%. A taxa de participação no referendo foi de quase 65%, embora muitos funcionários públicos e outros profissionais que recebem salário do governo tenham sido coagidos a participar da votação.

A votação deveria ter acontecido em abril, mas foi adiada devido à pandemia. Não existiam dúvidas sobre o resultado do referendo porque as reformas já haviam sido aprovadas pelo Poder Legislativo no início do ano e, além disso, o novo texto da Constituição já estava à venda nas livrarias.

O principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny, chamou a votação de “enorme mentira” e pediu a seus partidários uma mobilização nas eleições regionais de setembro. A União Europeia disse que as irregularidades como a “coação de eleitores, a violação do voto secreto e denúncias de violência policial contra jornalistas” precisam ser investigadas. (Estadão Conteúdo)