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Temporal na Itália deixa cinco mortos; Veneza está debaixo d'água

29 de Outubro de 2018 às 18:53

O mar ficou agitado na região de Liguria, na Itália. Crédito da foto: Marco Bertorello / AFP

A onda de mau tempo que atinge a Itália desde domingo (28) causou a morte de cinco pessoas nesta segunda-feira (29) e o fechamento de muitas escolas, enquanto a água alcançava um nível histórico em Veneza. Duas pessoas morreram na queda de uma árvore sobre o seu veículo, não longe de Roma, e outro homem faleceu em circunstâncias similares em Terracina, na costa sul de Roma.

Um jovem também morreu pela queda de uma árvore na rua da área de Nápoles (sul), segundo as autoridades, enquanto um idoso morreu por conta da queda de um pedaço da cornija de um edifício, no noroeste, perto de Savona. Grande parte da Itália se encontra em estado de alerta máximo devido à combinação de ventos fortes, chuvas intensas e marés altas.

Nesta segunda-feira (29), a água alcançou um nível histórico em Veneza devido ao temporal que atinge o país. Às 15h, o "acqua alta" (água alta) chegou ao máximo de 156 cm em Veneza.

As habituais passarelas de madeira, que permitem caminhar no seco em caso de inundação, deixaram de ser seguras. A Praça de São Marcos ficou inacessível para os turistas e muitos decidiram percorrer as ruas ao redor. As crianças iam nos ombros de seus pais e com os pés encharcados.

No domingo (28), a cidade teve que modificar o percurso da maratona, que acabou sendo realizada em parte apesar das inundações. Esta é a sexta vez na história recente da cidade que o "acqua alta" supera os 150 cm: em 1951 chegou a 151 cm; em 1976 a 166 cm; em 1986 chegou a 159 cm; em 2008 ficou em 156 cm e em novembro de 1966 alcançou um nível recorde de 194 cm.

Além de Veneza, praticamente toda a Itália está em alerta: vermelho no norte (Liguria, Lombardia, Veneto, Friuli, Trento) e Abruzzo (centro), e laranja em grande parte do resto da península e na Sicília.

Ventos de até 150 km/h

Todas as escolas de Veneto estavam fechadas, assim como as de Roma, Gênova (noroeste), Messina (Sicília) e em muitas cidades de Piemonte e da Toscana. No nordeste, espera-se que as rajadas de vento alcancem os 100 km/h na costa e os 150 km/h nas montanhas. Em poucos dias as precipitações foram equivalentes às chuvas de vários meses.

Algumas zonas montanhosas do norte da região de Veneto superaram os 400 mm de chuva desde sábado. "Estamos preocupados porque a situação é igual, ou pior, à vivida em Veneto (durante as inundações) em 1966 e 2010. Os terrenos já estão cheios de água, os rios com o nível maior e devido ao (vento de) siroco, o mar não absorve", comentou Luca Zaia, presidente da região de Veneto.

Turista tira foto na região de Liguria, na Itália. Crédito da foto: Marco Bertorello / AFP

Os bombeiros interviram em todo o país. No início haviam constatado alguns feridos, em sua maioria pela queda de árvores.

No domingo, um amador que conduzia um barco à vela caiu na água em Calábria (sul). Seu barco ficou à deriva até a costa e as operações de busca para encontrar seu corpo, visto no mar na véspera, continuavam nesta segunda-feira. (AFP)

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