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Sonda InSight toca o solo de Marte

26 de Novembro de 2018 às 18:29

Equipe comemora feito espacial no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Crédito da foto: Divulgação/Youtube/Nasa

A sonda americana InSight pousou nesta segunda-feira (26) em solo marciano, pondo fim com êxito a uma arriscada manobra de aterrissagem, e enviou à Terra a primeira foto da superfície do Planeta Vermelho. "Aterrissagem confirmada!", anunciou uma operadora do centro de controle da missão, enquanto os presentes aplaudiam e se abraçavam no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

A fase de entrada, descida e aterrissagem ocorreu por volta das às 17h47, horário de Brasília.

InSight, de US$ 993 milhões, sobreviveu à difícil entrada na atmosfera do planeta vermelho, viajando a uma velocidade de 19.800 km por hora e reduzindo rapidamente a velocidade a apenas 8 km por hora. Das 43 missões lançadas a Marte, apenas 18 chegaram ao planeta vermelho, uma taxa de sucesso de cerca de 40%, e todas dos Estados Unidos.

O instrumento central da InSight é um sismômetro de detecção de terremotos que foi feito pela Agência Espacial Francesa (CNES). “Esta é a única missão da Nasa concebida em torno a um instrumento de fabricação estrangeira”, disse à AFP Jean-Yves Le Gall, presidente da CNES.

Por isso, acrescentou, “é uma missão fundamental para os Estados Unidos, França”, e para melhorar a compreensão de Marte.

Os seis sensores de terremoto a bordo são tão sensíveis que deveriam revelar os menores tremores em Marte, como o fraco puxão de sua lua Fobos, os impactos dos meteoros e possivelmente a evidência de atividade vulcânica.

A sismologia ensinou à humanidade muito sobre a formação da Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos, mas grande parte da evidência baseada na Terra se perdeu com a reciclagem da crosta, impulsada pela tectônica de placas. Este processo não existe em Marte.

A nave também tem uma sonda que pode escavar até uma profundidade de entre três e cinco metros, para oferecer a primeira medição precisa das temperaturas sob a terra em Marte e a quantidade de calor que escapa de seu interior. (Da redação, com informações da AFP)