Seis funcionários do comício de Trump testam positivo para Covid
O presidente minimizou o risco de que o comício pudesse gerar surto da doença. Crédito da foto: AFP
Seis membros da equipe de campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que trabalham nos preparativos para o comício de ontem em Tulsa testaram positivo para a Covid-19. “Por protocolos de segurança, a equipe da campanha é testada para a Covid-19 antes dos eventos”, informou através de um comunicado Tim Murtaugh, diretor de comunicações da campanha de Trump.
“Seis membros da equipe avançada testaram positivo em centenas de testes realizados, e os procedimentos de quarentena foram imediatamente implementados”, indicou Murtaugh, acrescentando que nenhum funcionário positivo para coronavírus “ou qualquer pessoa em contato imediato” com eles estaria no comício ou próximo de participantes.
Ontem, centenas de simpatizantes de Donald Trump se reuniram em Tulsa para o primeiro comício do presidente americano em meses, como parte da campanha à reeleição do republicano.
Para a multidão, a ameaça do coronavírus não era motivo para deixar de escutar pessoalmente a mensagem do atual presidente.
Partidários de Trump chegaram usando bonés e camisetas vermelhas características do atual presidente, com o famoso lema “Make America Great Again”, embora somente poucos usassem máscaras.
As regras de distanciamento social também não foram seguidas durante o evento, mesmo tendo disparado os casos de coronavírus em Oklahoma.
Trump minimizou o risco de que o comício pudesse gerar um surto de coronavírus entre os participantes, e priorizou a importância que esse ato teria na sua campanha eleitoral, ofuscada pela pandemia.
O que ocorreu em Tulsa não pode ser mais significativo, tanto pela saúde de 19 mil pessoas que passaram horas confinadas em um estádio, quanto pelas aspirações eleitorais de Trump, que a cinco meses das eleições está atrás do seu rival democrata, Joe Biden, segundo as pesquisas.
A tarefa de Trump, ontem, perante a uma esmagadora maioria republicana, foi fazer uma campanha que desse uma força para seu nome, abalado pela forma como lidou com a pandemia e após semanas de tensão racial.
O golpe mais recente e mais profundo de Trump veio de seu ex-conselheiro de segurança nacional, John Bolton, que está prestes a lançar um livro no qual descreve Trump como ignorante e corrupto. (AFP)