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Madri tem restrições contra Covid-19 e Trump luta contra infecção

03 de Outubro de 2020 às 19:28

 

Donald Trump pagou US$ 750 em impostos em 2016, aponta jornal Reportagem do jornal New York Times trouxe dados sobre declarações fiscais do presidente. Crédito da foto: Isac Nóbrega/PR

 

Madri entrou neste sábado (3) em uma nova etapa de restrições de movimento para tentar frear o novo coronavírus, enquanto em Washington, o estado de saúde do presidente Donald Trump melhora, segundo o boletim oficial, e a Índia alcançou os 100.000 óbitos por Covid-19.

Trump, de 74 anos, está "muito bem", não teve febre nas últimas 24 horas e seus sintomas melhoram, informou o médico da Casa Branca, Sean Conley, durante coletiva de imprensa em frente ao hospital militar Walter Reed, onde o presidente deu entrada na sexta-feira.

O nível de saturação de oxigênio no sangue o presidente é de 96% e por isso recebe oxigênio adicionalmente. A tosse, a congestão nasal e a fadiga estão melhorando, acrescentou.

No entanto, poucos minutos depois uma fonte ligada à saúde do presidente apresentou um panorama diferente.  "Os sinais vitais do presidente nas últimas 24 horas têm sido muito preocupantes e as próximas 48 horas serão críticas no que diz respeito a seus cuidados. Ainda não estamos em um caminho claro rumo à sua completa recuperação", disse a fonte, que deu as declarações sob a condição do anonimato.

Os Estados Unidos, com mais de 208.000 mortos e 7,3 milhões de contágios, celebrarão eleições presidenciais em 3 de novembro e Trump fez de sua atitude desafiadora perante o vírus uma de suas marcas de campanha.

 'Não mudou nada'

Em Madri, desde as 22h locais de sexta-feira (17h de Brasília), os moradores da capital espanhola e nove municípios vizinhos só podem sair em casos específicos, como trabalhar ou estudar, ir ao médico e atender pessoas dependentes.

A decisão foi adotada depois de um intenso conflito entre as autoridades do governo central de esquerda e as que dirigem a comunidade de Madri, de viés conservador, que se opunham a estas restrições, sobretudo devido às suas consequências econômicas.

As medidas visam a frear o avanço do novo coronavírus em Madri, que é "de extraordinária gravidade", segundo o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez. A Espanha registrou até o momento 790.000 contágios e mais de 32.000 falecidos por Covid-19 e Madri concentra um terço destas cifras.

No entanto, os moradores das zonas afetadas não estão confinados em casa e podem circular livremente dentro de seus municípios.  "Nada mudou. É como ontem e anteontem, como qualquer outro dia do bairro", disse Martinio Sánchez, morador de uma das zonas afetadas.

"Tinham que ter feito isto no mês de agosto, na melhor das hipóteses não teríamos chegado aonde chegamos", acrescentou.  Os contágios também aumentam vertiginosamente em outros países, como Reino Unido e França, que neste sábado voltou a bater recordes: 17.000 contagiados em 24 horas.

Em Paris, se as cifras não mudarem, o governo provavelmente decidirá na segunda-feira dar um passo adiante nas restrições e fechar todos os bares e restaurantes. Na Alemanha, os cidadãos que se opõem às restrições pelo novo coronavírus organizaram no sábado uma grande corrente humana no lago de Constança, fronteiriço com a Áustria e a Suíça.

Na Itália, um dos países mais castigados pela primeira onda do vírus, mas que agora se desembaraça das preocupantes recidivas, o papa Francisco realizou neste sábado sua primeira saída de Roma em sete meses para visitar a cidade de Assis, onde nasceu São Francisco.

Migrantes hondurenhos dão meia volta

A Índia, segundo país mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes, superou neste sábado os 100.000 mortos pelo novo coronavírus, segundo cifras oficiais, e se tornou o terceiro país em número de mortes, atrás de Estados Unidos e Brasil.

Desde o início da pandemia, foram registrados 6,47 milhões de casos e a previsão é que nas próximas semanas, a Índia supere os Estados Unidos e se torne o país com maior número de infecções.

No Irã, as autoridades da capital voltaram a impor restrições, com o fechamento de mesquitas, escolas, cinemas, museus e cafés. Em todo o mundo, mais de 34 milhões de pessoas já tiveram o novo coronavírus e um milhão morreram, segundo cifras da AFP neste sábado, baseadas em fontes oficiais. No entanto, o número real de infectados e mortos é, sem dúvida, muito maior.

A América Latina e o Caribe é a região mais afetada pela pandemia, com mais de 351.000 falecidos e 9,5 milhões de casos.  No norte da Guatemala, 2.000 migrantes hondurenhos em caravana desistiram do sonho de avançar rumo ao México e os Estados Unidos e decidiram dar meia volta.

Os migrantes entraram na quinta-feira na Guatemala, após romper o cerco militar na linha fronteiriça. O presidente Alejandro Giammattei ordenou que fossem detidos por violar as leis migratórias e sanitárias e entregues às autoridades hondurenhas.  Alguns pequenos grupos persistiam, no entanto, em sua tentativa de se dirigir para o norte.

E na Costa Rica, um grupo de cientistas elaborou um tratamento antiviral com plasma de cavalos imunizados, que pode ser útil para tratar pacientes com pacientes não muito severos e pouca carga viral. Por enquanto é testado em 26 pacientes, segundo o Instituto Clodomiro Picado da Universidade de Costa Rica (UCR).