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Governadores dos EUA anunciam estudo para reabrir economia

14 de Abril de 2020 às 00:01

Governadores dos EUA anunciam estudo para reabrir economia Crédito da foto: Mandel Ngan / AFP

Seis Estados americanos começarão a trabalhar “imediatamente” na elaboração de um plano para reabrir suas economias, em meio à pandemia de coronavírus, afirmou nesta segunda-feira (13) o governador de Nova York, Andrew Cuomo. Membro do Partido Democrata, Cuomo disse que os Estados nomearão autoridades de saúde pública e economia para formar um grupo de trabalho regional e elaborar essa iniciativa.

Além de Nova York, os Estados envolvidos são Connecticut, Delaware, New Jersey, Pensilvânia e Rhode Island.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no Twitter que essa decisão caberia a ele, dizendo que alguns na imprensa “das notícias falsas” diziam que seria dos governadores o aval para reativar a economia de seus Estados. “Essa é a decisão do presidente, e por muitas boas razões”, afirmou.

Trump disse que pretende trabalhar próximo aos governadores e que decidirá junto com eles “em breve” sobre a reabertura do país.

Segunda onda

A primeira onda de infecções pelo novo coronavírus ainda não terminou nos Estados Unidos, mas especialistas advertem que uma segunda onda atingirá o país se o retorno à normalidade for muito rápido ou se acontecer a partir de maio, como espera o governo de Donald Trump.

O debate se assemelha ao que aconteceu na Europa, onde o governo espanhol autorizou ontem a retomada parcial do trabalho, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a prorrogação da quarentena obrigatória para depois de quarta-feira.

A grande diferença é que o sistema federal americano é altamente descentralizado e concede plenos poderes aos governadores de seus 50 estados, mesmo se o presidente decidir coordenar uma estratégia nacional.

Após meio milhão de casos identificados, o número de infectados no país parece se estabilizar. Mas para o diretor dos Centros para o Controle de Enfermidades (CDC), Robert Redfield, isto não deveria levar a uma suspensão das regras de distanciamento social e trabalho remoto de uma hora para a outra. “A reabertura será um processo gradual, baseado em dados”, disse.

O novo coronavírus não terá desaparecido após o fim do confinamento. A grande maioria da população continuará sujeita à infecção, até o desenvolvimento de uma vacina.

O objetivo da primeira fase era evitar que muitas pessoas adoecessem ao mesmo tempo e os hospitais ficassem congestionados. Mas o vírus continuará circulando. (AFP e Estadão Conteúdo)