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Ex-chefe de campanha de Trump cooperará com investigação sobre a Rússia

14 de Setembro de 2018 às 14:31

Robert Manafort vai cooperar com as investigações sobre a interferência russa nas eleições de 2016. Crédito da foto: Alex Wong/ Getty Images/ AFP

O ex-chefe de campanha do presidente Donald Trump, Robert Manafort, decidiu nesta sexta (14) cooperar com a equipe do procurador especial Robert Mueller, que investiga as relações entre o pleito de 2016 e a Rússia. A decisão representa um revés para Trump às vésperas das eleições legislativas de novembro e poderia aumentar as chances de um impeachment.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que a decisão "não tem absolutamente nada a ver com o presidente ou sua campanha presidencial vitoriosa de 2016.

Manafort deve ser questionado sobre temas como o conluio entre a campanha do republicano e Moscou e as supostas tentativas de obstrução de Justiça por parte do presidente.

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O republicano critica frequentemente as apurações sobre a relação entre a campanha de 2016 e a Rússia, chamando-as de "caça às bruxas". Além disso, três agentes do alto escalão do FBI (polícia federal americana) envolvidos com as investigações foram demitidos após atritos com Trump.

Como parte do acordo com Mueller, Manafort vai se declarar culpado de duas acusações de conspiração -contra os Estados Unidos e para obstruir a Justiça- durante audiência na Corte Distrital do Distrito de Colúmbia, realizada nesta manhã. Os detalhes da sessão serão revelados nas próximas horas. O acordo ajuda a reduzir o número de acusações contra Manafort: os investigadores do caso vão derrubar cinco das sete acusações pendentes contra ele.

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Trump chegou a elogiar o ex-chefe de campanha no mês passado, quando ainda não havia aceitado um acordo com os procuradores, ao contrário do seu ex-advogado Michael Cohen. "Ao contrário de Michael Cohen, ele se recusou a 'quebrar' -inventar histórias para conseguir um acordo. Muito respeito por um homem corajoso!", escreveu Trump em uma rede social, referindo-se ao seu ex-advogado, que firmou acordo com Mueller.

No mês passado, Manafort foi considerado culpado em oito acusações de fraude, escapando de outras dez após o júri não conseguir chegar a um veredito. Caso fosse condenado pelas 18 acusações, enfrentaria uma pena de 305 anos na prisão. Ele deve passar ao menos uma década preso. (Júlia Zaremba - Folhapress)

 

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