China realiza seu primeiro acoplamento na órbita lunar

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This picture taken and released on December 4, 2020, by the China National Space Administration (CNSA) via CNS shows a Chinese national flag unfurled from the Chang'e-5 lunar probe. - A Chinese space probe has lifted off from the surface of the Moon to return to Earth, an ambitious effort to bring back the first lunar samples in four decades. The Chang'e-5 spacecraft, named after the mythical Chinese Moon goddess, left the Moon at 1510 GMT, on December 3, 2020, said China's space agency. (Photo by - / China National Space Administration (CNSA) via CNS / AFP) / - China OUT / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / China National Space Administration" - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS

Foto mostra uma bandeira nacional chinesa desfraldada da sonda lunar Chang'e-5. Crédito da foto: China National Space Administration (CNSA) via CNS / AFP (04/12/2020)

A sonda chinesa Chang'e 5, que transporta amostras da superfície lunar para trazê-las à Terra, conseguiu se acoplar neste domingo (6) a um módulo na órbita lunar, uma nova conquista para o programa espacial chinês, informou a imprensa pública chinesa.

A manobra faz parte de uma ambiciosa missão de trazer à Terra rochas de seu satélite, pela primeira vez em mais de 40 anos.

Chang'e 5 é composta de várias partes: um orbitador (que permanece na órbita lunar durante a missão), um módulo de pouso (que alunizou) e um módulo de decolagem (do solo à órbita lunar).

Foi este último que, carregado com amostras de solo lunar, atracou ao orbitador na manhã deste domingo, de acordo com a agência de notícias oficial Xinhua, que cita a agência espacial nacional (CNSA).

A Xinhua especifica que é para Pequim "o primeiro encontro e o primeiro acoplamento realizado na órbita lunar".

Decolagem

A decolagem da cápsula da Lua na quinta-feira também foi histórica para a China, já que foi a primeira vez que Pequim lançou uma nave de um corpo extraterrestre.

As amostras, colocadas primeiro no módulo de decolagem, foram transferidas para uma "cápsula de retorno", que fará a viagem ao planeta azul, segundo a Xinhua.

Se tiver sucesso, a China será o terceiro país a ter extraído amostras do satélite, depois dos Estados Unidos e da ex-União Soviética nas décadas de 1960 e 1970.

A última tentativa foi feita com sucesso pela ex-União Soviética em 1976, com a missão desabitada Luna 24.

Bandeira chinesa

O módulo chegou à Lua na terça-feira e exibiu a bandeira chinesa, de acordo com imagens divulgadas pela televisão pública CCTV.

Esta missão é a nova etapa do programa espacial chinês, que no início de 2019 conseguiu pela primeira vez na história o pouso de um aparelho no lado oculto do satélite.

Não é a primeira vez que o gigante asiático lança um dispositivo para o astro lunar como parte do programa Chang'e, batizado com o nome de uma deusa da Lua, segundo a mitologia chinesa.

A agência espacial chinesa conseguiu pousar dois pequenos robôs guiados remotamente (os "Coelhos de Jade"), em 2013 e 2019.

A China investe bilhões de dólares em seu programa espacial para alcançar Europa, Rússia e Estados Unidos. (AFP)