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Ataque a tiros em empresa deixa mortos e feridos em Maryland

20 de Setembro de 2018 às 14:36

 

A polícia bloqueou as estradas perto do local do ataque. Crédito da foto: Saul Loeb/ AFP

 

Uma mulher abriu fogo com uma pistola nesta quinta-feira (20) em um complexo de depósitos onde trabalhava no estado de Maryland, matando três pessoas e ferindo outras três, no mais recente ataque a tiros, informou a polícia.

A suspeita de 26 anos, identificada como Snochia Moseley, morreu após atirar na própria cabeça, afirmou aos repórteres o xerife do condado de Harford, Jeff Gahler.

Gahler disse que Moseley era uma funcionária temporária do centro de distribuição da rede de farmácias Rite Aid em Aberdeen, Maryland.

"Não temos uma motivação para este crime sem sentido", declarou Gahler, descartando, a princípio, a pista "terrorista".

O xerife declarou que as três pessoas feridas estão hospitalizadas e devem sobreviver.

Contudo, não divulgou o nome de nenhuma das vítimas à espera de notificar os familiares.

Ataques a tiros em massa são comuns nos Estados Unidos, mas a grande maioria envolve homens, e o incidente de Aberdeen é um exemplo raro.

O xerife declarou que Moseley morava no condado de Baltimore e a pistola usada no ataque, uma Glock 9 mm, estava registrada em seu nome.

Afirmou, ainda, que ela só estava com uma arma e várias revistas.

Onda de violência armada

Gahler descreveu que a mulher chegou para trabalhar por volta das 09h00 locais (10h00 em Brasília) e o ataque começou minutos depois. Dos atingidos, havia alguns dentro e outros fora do depósito da Rite Aid.

Os policiais responderam cinco minutos após o relato de tiroteio, e o xerife declarou que nenhum tiro foi disparado pelos agentes.

"Foi um verdadeiro bombardeio - não estou exagerando - de 20 a 30 policiais que chegaram, e depois as ambulâncias e tudo mais", declarou uma vítima à WBAL-TV.

Andre Cedeno, de 30 anos, disse ao Baltimore Sun que sua irmã, Lea, estava na Rite Aid e ele correu para lá do local onde trabalha após ouvir sobre o tiroteio.

"Ela estava em pânico", disse Cedeno, e se escondeu no banheiro. "É uma loucura que as pessoas não respeitem a vida".

O incidente é o mais recente de uma onda de violência armada que atinge escolas e locais de trabalho nos Estados Unidos, onde o direito ao porte de armas é protegido pela Constituição.

Ataques executados por mulheres, no entanto, são extremamente raros, e representam menos de 5% do total registrado, de acordo com autoridades policiais e acadêmicos.

O ataque desta quinta-feira ocorreu cinco meses depois que uma ativista dos direitos dos animais, nascida no Irã, matou três pessoas antes de se matar na sede do YouTube na Califórnia.

Maryland teve manchetes sombrias em em junho, quando cinco funcionários do jornal Capital-Gazette morreram depois que um atirador invadiu a redação em Annapolis.

O homem que, segundo a polícia, foi responsável pelo massacre, perseguiu os funcionários do jornal durante anos por causa de um artigo sobre acusações criminais contra ele.

(AFP)

Atualizada às 19h12 - 20/09/2018

 

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