Abalo sísmico provocou ao menos 39 mortes na Turquia e na Grécia

Por

Vítimas são retiradas vivas dos escombros de prédios na cidade de Bayrakli. Crédito da foto: Ozan Kose / AFP (31/10/2020)

Vítimas são retiradas vivas dos escombros de prédios na cidade de Bayrakli. Crédito da foto: Ozan Kose / AFP (31/10/2020)

Equipes de resgate lutavam ontem para encontrar sobreviventes entre os escombros dos edifícios que desabaram no oeste da Turquia após o forte terremoto da véspera, que provocou ao menos 39 mortes no país e também na Grécia. Em Bayrakli, na província turca de Esmirna, socorristas tentaram durante toda a noite abrir passagem nos escombros de um edifício residencial de sete andares.

O terremoto, com intensidade de 7 graus de acordo com o Centro Geofísico dos Estados Unidos (USGS) e de 6,6 segundo as autoridades turcas, aconteceu na sexta-feira à tarde no Mar Egeu, ao sudoeste de Izmir, a terceira maior cidade da Turquia, e perto da ilha grega de Samos.

O abalo foi tão forte que também foi sentido em Istambul e Atenas. Além disso, provocou um mini-tsunami que inundou as ruas de Seferihisar, cidade turca próxima do epicentro, e afetou as costas de Samos.

Diante da catástrofe, Turquia e Grécia deixaram as disputas diplomáticas de lado e anunciaram a intenção de uma ajuda mútua.

Na Grécia, dois jovens morreram e nove pessoas ficaram feridas. A costa turca do Egeu, densamente povoada, foi a mais afetada.

Na Turquia, 37 pessoas faleceram e 900 ficaram feridas, segundo a Gestão de Emergências e Desastres. Mais de 100 pessoas foram resgatadas vivas do escombros, informou ontem o ministro turco do Meio Ambiente, Murat Kurum. Duas mulheres foram salvas 17 horas depois do tremor, segundo o governo.

Muitos moradores decidiram passar a noite a céu aberto, apesar de suas residências terem resistido ao terremoto. O medo dos tremores secundários é grande: desde o sismo principal na sexta-feira, a terra tremeu quase 500 vezes, segundo as autoridades. (Raziye Akkoc - AFP)