São Bento assusta torcedores
Condé (esq.), ao lado do coordenador técnico Rangel, observa treino. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (4/2/2020)
O desempenho do São Bento nas sete rodadas iniciais da Série A2 do Campeonato Paulista assusta o torcedor beneditino. A zona do rebaixamento já é realidade. O clube está na 15ª colocação -- penúltima --, com apenas seis pontos conquistados de um total de 21 pontos possíveis. O projeto inicial era brigar pelo acesso à Série A1, mas agora faltam oito rodadas para o fim da primeira fase da competição.
“Não vou ficar mentindo e nem contando história para ninguém. O fato é que a gente esperava quatro, cinco rodadas de dificuldades, mas esperávamos ter dado um encaixe melhor. Ainda acredito, confio no meu trabalho. Tenho 10 anos de carreira e nunca tive um rebaixamento, sempre briguei na parte de cima da tabela. Talvez seja o momento mais complicado”, falou o técnico Léo Condé.
Em função da disputa do Brasileiro da Série B em 2019, o elenco começou a ser definido apenas no mês de dezembro, quando a maioria dos clubes da Série A2 já havia iniciado a pré-temporada. Uma das principais dificuldades apresentadas nos jogos foram a falta de entrosamento e a diferença física entre os atletas.
“O São Bento está pagando o preço por ter calendário o ano inteiro. É o único clube na divisão que tem calendário o ano inteiro. Começou a trabalhar em janeiro e as outras equipes iniciaram em novembro, dezembro. Agora, é claro que a gente vai ter que fazer algo diferente. Falta de trabalho não é”, explicou Condé.
Com os maus resultados, o São Bento ainda estuda a contratação de mais atletas para reforçar o plantel. O último contratado foi o atacante Bruno Nunes, anunciado no último sábado (15). O maior problema enfrentando pela diretoria para seguir observando o mercado é o orçamento baixo em relação aos últimos anos.
“Temos ainda quatro vagas. Estamos conversando, o orçamento já está praticamente estourado, não tem dinheiro. O clube, com certeza, vai ficar atento. Temos algumas carências dentro do elenco, em algumas posições. Dentro das condições, a diretoria vai tentar fazer um esforço para trazer mais peças para uma ou duas posições”, analisou o treinador beneditino.
Léo Condé entende que o clube ainda precisa de jogadores que tenham velocidade e características de dribladores nos confrontos “mano a mano”. Mas o São Bento não esbarra só na falta de dinheiro e no curto orçamento. O mercado não apresenta muitas peças e a grande maioria dos atletas já está com contratos em outros clubes. (Zeca Cardoso)