Roger Federer supera craques do futebol e faz história

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Crédito da foto: AFP / RODGER BOSCH

Federer somou ganhos de US$ 106,3 milhões, sem descontar impostos. Crédito da foto: AFP / RODGER BOSCH

 

Acostumado a fazer história dentro de quadra, Roger Federer brilha cada vez mais também longe dos torneios. O suíço se tornou o primeiro tenista a alcançar o topo da lista da Forbes de atletas mais bem pagos do mundo, contando os últimos 12 meses. Ele deixou para trás rivais do calibre de Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e LeBron James.

Federer somou ganhos de US$ 106,3 milhões, sem descontar impostos. Equivale a R$ 563 milhões no câmbio atual. Messi, segundo colocado na lista, obteve US$ 105 milhões, e é seguido por Ronaldo (US$ 104 mi), Neymar (US$ 95,5 mi) e LeBron (US$ 88,2 mi). O segundo tenista da relação é o sérvio Novak Djokovic, atual número 1 do mundo e apenas o 23º da Forbes, com ganhos de US$ 44,6 milhões.

A diferença de Federer para os demais tenistas da lista aumenta gradativamente. O espanhol Rafael Nadal, vencedor de dois dos últimos quatro Grand Slams, figura em 27º, com US$ 40 milhões. Depois dele, vêm duas mulheres: a japonesa Naomi Osaka (29ª colocada geral, com US$ 37,4 milhões) e a norte-americana Serena Williams (33ª, com US$ 36 mi).

Atual número quatro do mundo, Federer não vence um Grand Slam desde janeiro de 2018. Mesmo assim, vem se mantendo entre os principais tenistas do mundo nos últimos anos, ainda sem previsão de aposentadoria. E, enquanto diminui o ritmo de jogos e conquistas, o suíço vem ampliando sua atuação fora das quadras

Não por acaso, suas maiores fontes de renda nos últimos anos têm sido os patrocinadores e os pagamentos por exibições. Para efeito de comparação, nos últimos 12 meses, Federer arrecadou somente com premiações no circuito cerca de US$ 5 milhões, o que equivale a 5% do montante total que ganhou segundo a Forbes.

Somente em exibições, o suíço bateu duas vezes seguidas o recorde de público para um jogo de tênis nos últimos meses. No México, em novembro, foram 42.517 pessoas para vê-lo enfrentar o alemão Alexander Zverev. Em fevereiro deste ano, a soma aumentou para 51 mil na África do Sul. Do outro lado da quadra, ele enfrentou Nadal e o norte-americano Bill Gates.

Afora os valores recebidos por cada exibição, cada jogo foi cercado por diversos eventos de marketing, aumentando o potencial de venda do tenista. Nenhum outro atleta da modalidade tem tantos e tão importantes patrocinadores quanto Federer. A lista tem 13 nomes, incluindo Mercedes-Benz, Rolex, Credit Suisse, Barilla e Moet & Chandon.

O peso das marcas é tão forte que até permitiu a Federer encerrar a longa parceria com a Nike na metade de 2018. Em seu lugar, o suíço colocou a Uniqlo e a On para lhe fornecer uniforme e tênis. Estas últimas movimentações aumentaram ainda mais a exposição do atleta de 38 anos fora das quadras.

Na prática, Federer subiu de patamar financeiramente, quase se igualando a Tiger Woods. O suíço e o golfista norte-americano são os dois únicos atletas do mundo que alcançam até US$ 100 milhões somente em patrocínio num intervalo de um ano.

Apenas o polpudo acordo com a Uniqlo vai render a Federer US$ 300 milhões em dez anos, a contar de 2018. De acordo com especialistas, será o suficiente para incluir o suíço na seleta lista de atletas bilionários, nos próximos anos. Estima-se que ele some até agora cerca de US$ 900 milhões.

Federer estará a altura de lendas como Michael Jordan também do ponto de vista financeiro - esportivamente as comparações já são antigas. Somente outros dois já fazem parte do time dos bilionários: o próprio Tiger Woods e o boxeador norte-americano Floyd Mayweather, já aposentado. (Estadão Conteúdo)

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