Para encerrar 2025

Renasce faz último jogo do ano hoje diante do Minas buscando competitividade antes da pausa da Superliga Feminina

Por Cruzeiro do Sul

Equipe vendeu caro a derrota para o Sesc Flamengo, na rodada passada, por 3 sets a 2: sequência negativa não abala as atletas

O Renasce entra em quadra hoje (19) para disputar o último compromisso em 2025 antes da pausa de fim de ano da Superliga Feminina de Vôlei. Às 18h30, no ginásio do Sesi Sorocaba, a equipe enfrenta o Minas Tênis Clube, em partida com transmissão ao vivo pelos canais SporTV. O confronto encerra o calendário do time no ano e antecede o período de recesso da competição, que será retomada em janeiro, com a sequência das rodadas decisivas.

Sem vitórias nas dez primeiras partidas, o time sorocabano vive um momento de reconstrução dentro da elite do voleibol nacional. O desafio desta noite ganha peso simbólico: além de ser a última apresentação do ano diante da torcida, representa a chance de fechar o período inicial da Superliga com um desempenho competitivo, fortalecendo o grupo para a retomada da temporada.

O adversário é um dos mais tradicionais do País. O Minas Tênis Clube é o maior campeão da história da Superliga Feminina, com nove títulos, e chega a Sorocaba como um dos principais candidatos ao topo da tabela. Mesmo diante da diferença técnica e financeira entre os projetos, o Renasce aposta na evolução apresentada nas últimas rodadas para tentar surpreender.

Para o técnico Clóvis Granado, o momento exige equilíbrio emocional, paciência e convicção no trabalho desenvolvido. Ele destaca que os desafios enfrentados pelo Renasce vão além do desempenho em quadra e envolvem também a gestão diária de um projeto que ainda se estrutura na elite.

“Quando estou na quadra, fico focado na quadra. Mas não temos um departamento estruturado para gerenciar tudo isso. Eu ajudo no que for preciso. A experiência ajuda muito nessas horas”, comenta o treinador.

Ainda segundo Granado, a rotina da comissão técnica é intensa e, muitas vezes, exaustiva. Os dias se estendem até a noite entre treinamentos, planejamento, reuniões e questões administrativas. Parte desse trabalho é dividida com o supervisor Douglas Sant’Ana, responsável pelas demandas junto à federação, confederação, logística de viagens, passagens aéreas e prestação de contas.

“A parte mais burocrática fica com ele [Douglas], mas não dá para fazer tudo sozinho. Temos casa das atletas, alimentação, compras do mês, logística de deslocamento”, explica.

O treinador ressalta que as dificuldades enfrentadas na Superliga já eram esperadas desde o início do projeto. O Renasce completa quatro anos de existência e percorreu um caminho de crescimento ao passar pelas Superligas C e B antes de alcançar a principal divisão do vôlei brasileiro.

“A gente sabia que a Superliga é completamente diferente. O nível técnico, a estrutura e o investimento são outros. Mesmo assim, acreditamos no trabalho e seguimos fazendo da melhor maneira possível”, afirma.

Dentro de quadra, Granado chama atenção para o perfil jovem do elenco, formado por atletas ainda em processo de amadurecimento e adaptação ao ritmo da competição. Algumas jogadoras vieram diretamente das categorias de base, como a oposta Carol, oriunda do sub-21. “É uma equipe muito jovem, com jogadoras que ainda não têm tanta experiência nesse nível. Isso é normal. O que vai determinar tudo é o trabalho e a continuidade”, afirma.

Mesmo sem resultados positivos até aqui, o treinador garante que o aspecto psicológico do grupo segue preservado. Segundo ele, a sequência de derrotas não comprometeu as atletas. “As meninas estão se superando. Mesmo perdendo, seguem motivadas, treinando forte e buscando evolução no dia a dia. A pressão não vem da comissão técnica nem dos apoiadores. O resultado acaba gerando uma cobrança natural, mas não existe um clima de desespero”, destaca.

Dificuldades financeiras

Fora de quadra, a principal dificuldade segue sendo a financeira. O Renasce não conta com patrocinador master e só conseguiu disputar a Superliga graças ao apoio da Secretaria de Esportes da Prefeitura de Sorocaba. “Quem nos ajudou muito foi a prefeitura, por meio da Secretaria de Esportes e do secretário Vitor Mosca. Sem esse esforço, não estaríamos disputando a Superliga”, reconhece.

Mesmo com maior visibilidade nacional — o time terá seis jogos transmitidos pelo SporTV no segundo turno — o treinador lamenta a falta de apoio do empresariado local.

“A cidade abraçou o projeto. A torcida apoia no dia a dia, no mercado, na padaria. Quem não abraçou foram os empresários. Falamos com várias empresas, mas esse apoio não veio”, afirma.

Dentro de quadra, o Renasce chega para o confronto de hoje embalado por uma atuação consistente na rodada anterior, quando foi derrotado pelo líder Sesc Flamengo por 3 sets a 2, no ginásio da Tijuca, Rio de Janeiro, em uma partida marcada pelo equilíbrio.

Para o último jogo do ano, a expectativa é de ginásio cheio. A entrada será gratuita, com ingressos disponibilizados no site Meu Sesi, como ocorre tradicionalmente nos jogos da equipe em Sorocaba. Após o duelo contra o Minas, o Renasce entra em recesso e retorna às quadras em janeiro para a disputa das partidas restantes da Superliga. O objetivo é transformar a evolução apresentada em resultados.

SUPERLIGA FEMININA DE VÔLEI

RENASCE x MINAS TÊNIS
Quando: nesta sexta-feira, 19 de
dezembro de 2025
Onde: Ginásio do Sesi —
rua Duque de Caxias, 494, Mangal
Horário: 18h30
Ingressos: reservar no aplicativo Meu Sesi