Pela primeira vez na história, o Campeonato Paulista terá uma árbitra na decisão. A “dona” do apito hoje é Edina Alves Batista, que agradeceu a oportunidade, se disse honrada e apontou o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, como um dos responsáveis pelo espaço dado a ela. “Para tudo isso acontecer tem de ter essa permissão para ter espaço de mostrar que nós também amamos o futebol, nos dedicamos e merecemos. Só tenho a agradecer a Deus e a todos por esse espaço”, afirmou, anteontem (31), em entrevista ao lado de representantes de Palmeiras e Água Santa.

Segundo Edina, o mérito da escolha para apitar a final não é apenas seu. Ela o dividiu com as mulheres jornalistas. “São mulheres guerreiras que também têm uma missão difícil. Nós amamos o que fazemos, não mais ou menos do que os homens. Às vezes, temos de provar ainda mais que podemos por estarmos em uma área em que há mais homens do que mulheres, como os homens que vão para um lado mais feminino. É a nossa dedicação que nos faz sermos boas no ofício.”

“Essa final não chegou de graça na minha mão, é uma conquista de todos que trabalharam comigo. Não fui só eu, foi a minha comissão que me ajudou em todos os jogos, ninguém está me dando isso de presente, eu conquistei, mas também há pessoas que ajudaram o meu trabalho”, complementou a árbitra em coletiva. “Estou aqui por capacidade.” (Da Redação, com Estadão Conteúdo)