Surfe
'O Brasil hoje é o País do surfe', afirma campeão mundial
Filipe Toledo, de 27 anos, esperou nove no Circuito Mundial de Surfe para chegar ao topo do mundo
É fácil de entender a razão do sorriso largo de Filipe Toledo Estadão. O surfista de 27 anos bateu na trave, enfrentou atribulações nos últimos anos - a mais grave delas uma depressão - e depois de nove anos no Circuito Mundial de Surfe, chegou ao topo do mundo ao derrotar o compatriota Italo Ferreira no WSL Finals, a etapa decisiva da liga, em Trestles, nos Estados Unidos.
"É uma sensação de alívio e de que todo o sacrifício vale a pena", resume Filipinho. Natural de Ubatuba, litoral paulista, ele se tornou o quarto atleta brasileiro a ganhar um título mundial na maior categoria de surfe, juntando-se a Gabriel Medina (2014, 2018 e 2021), Adriano Souza, o Mineirinho, (2015) e Italo Ferreira (2019).
O troféu que Filipinho exibiu orgulhoso à reportagem e que lhe deixa aliviado e sorridente é o sexto do Brasil no circuito e o quarto consecutivo, reforçando o sucesso do País no esporte. "No momento, o Brasil é o país do surfe", define o atual campeão mundial, sem hesitar. "Agora a gente já passou seleção brasileira. O futebol tem cinco títulos", constata, fazendo referência à seleção pentacampeã.
Na avaliação de Filipinho, o surfe, porém, pode ser valorizado e ganhar mais visibilidade no País do que já tem. "Esse não é o limite do surfe. Não chegamos ao teto. O Brasil tem muito a alcançar ainda, não só com os que estão no circuito mundial, mas com os que estão vindo", opina, desenhando um paralelo com o futebol para dimensionar a diferença entre os dois esportes. "O surfe, comparando com o futebol, é muito pequeno, mas estamos conquistando nosso espaço. Vamos conquistar muito mais ainda".
(Estadão Conteúdo)