Futebol
Dono do Chelsea tem bens congelados
O magnata Roman Abramovich, dono do Chelsea, foi incluído ontem (10) em uma lista de indivíduos russos que receberem sanções do governo britânico pela invasão à Ucrânia. Com a medida, o bilionário teve seus bens congelados, sendo proibido de fazer negócios ou viajar para o Reino Unido. A decisão impede, ainda que temporariamente, a venda do clube londrino.
“Oligarcas e cleptocratas não têm lugar na nossa economia, nem na nossa sociedade. Com seus laços estreitos com Putin, são cúmplices de sua agressão”, afirmou a chanceler britânica, Liz Truss.
A sanção a Abramovich tem impacto direto nas atividades esportivas do Chelsea. O time fica impedido de vender, renovar ou assinar novos contratos de jogadores. A comercialização de ingressos para os jogos também está proibida, sendo permitida a entrada no estádio apenas de quem adquiriu o pacote de bilhetes para toda a temporada.
Contudo, as autoridades do Reino Unido publicaram uma licença para conceder ao Chelsea a possibilidade de manter o funcionamento das atribuições relacionadas ao futebol, permitindo que o clube siga participando das competições que disputa -- Liga dos Campeões, Campeonato Inglês e Copa da Inglaterra. Em meio aos acontecimentos, a equipe entrou em campo e venceu o Norwich por 3 a 1.
Amigo de longa data do presidente russo Vladimir Putin, Abramovich começou a se movimentar para vender o Chelsea poucos dias após a invasão da Ucrânia pela Rússia, quando se viu pressionado pela opinião pública. O atual mandatário do clube londrino, avaliado em mais de R$ 26 bilhões, também afirmou que doaria os lucros da operação para o “povo da Ucrânia”.
Abramovich comprou o Chelsea em julho de 2003 por 140 milhões de libras (cerca de R$ 650 milhões na cotação da época). Ao longo de quase 20 anos, o clube elevou seu patamar a nível mundial, colecionando ídolos e empilhando taças de competições importantes, como a Liga dos Campeões, Liga Europa, Campeonato Inglês e Mundial de Clubes. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)