Após ter enfrentado dificuldades para fazer testes na seleção diante do Equador, Tite ousou na formação da equipe brasileira na goleada sobre o Paraguai, por 4 a 0, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Catar, escalando um trio de ataque jovem acompanhado por dois armadores. E ainda deu espaço para Daniel Alves atuar na criação. Ao fim do jogo disputado no Mineirão, Tite saiu satisfeito com o desempenho do time, mas evitou prometer novas escalações como esta para a Copa do Mundo do Catar.

Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Junior foram servidos por Philippe Coutinho e Lucas Paquetá. Mas a postura da seleção foi tão ofensiva que até o zagueiro Marquinhos ajudou na armação, com dois passes para gol, de Raphinha e do próprio Coutinho. “Não me atenho muito a essas denominações: ‘ah, se tem três atacantes, é mais ofensivo. Ou se tem dois meias, é mais ofensivo’. Vejo o futebol como equilíbrio. Estes jogadores só podem criar se houver sustentação lá trás. Não consigo conceber futebol sem este equilíbrio, sem esta harmonia. Quando estamos inspirados, essa fluidez acontece e o resultado acontece.”

Os laterais também tiveram participação decisiva no jogo. Se Daniel Alves ganhava liberdade para atacar, o lateral-esquerdo Alex Telles tinha orientação para compor uma linha de três na defesa, ao lado dos zagueiros. “Tentamos estabelecer uma relação de conjunto. Deixamos jogadores mais à frente, com externos abertos, com amplitude, com largura. Para os jogadores terem espaço para infiltrações”, detalhou. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)