Liberação da elite cria expectativa na A2

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Atividades estão suspensas no São Bento desde março. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (9/3/2020)

Atividades estão suspensas no São Bento desde março. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (9/3/2020)

A liberação dos treinos para as equipes da Série A1 do Campeonato Paulista a partir do dia 1º de julho faz os clubes da segunda divisão também vislumbrarem um provável retorno. A Federação Paulista de Futebol (FPF) deve utilizar a elite para testar a eficácia dos protocolos de segurança e, em seguida, autorizar a retomada das atividades para as demais divisões.

Um dos fatores para o reinício da Série A2 somente quando chegar ao fim a Série A1 é a maior dificuldade financeira dos clubes da Série A2, por exemplo. O protocolo sanitário deve ser, inclusive, distinto daquele da primeira divisão.

Em entrevista publicada na edição do dia 11 de junho, o presidente do São Bento, Márcio Rogério Dias, afirmou que os sorocabanos não têm como bancar os custos do protocolo que é proposto pela FPF.

“O São Bento hoje, neste momento, não tem como cumprir estes protocolos sanitários exigidos. E, se o fizermos, quem garante a sua eficácia? Não tenho como controlar a vida dos atletas fora da rotina de treinamentos e jogos”, enfatizou.

A questão financeira é o principal fator. Por conta da paralisação iniciada em meados de março, o Bentão perdeu receitas, como a última parcela da cota da Séria A2, redução dos sócios-torcedores e também queda da arrecadação por meio de patrocinadores.

Mesmo com a ajuda financeira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que destinou R$ 200 mil a cada clube participante da Série C do Campeonato Brasileiro de 2020, o time de Sorocaba teve de renegociar contratos de jogadores e diminuir o quadro de funcionários.

Para buscar aumentar a arrecadação, o São Bento lançou produtos, como álcool em gel, máscaras de proteção contra a Covid-19 e até uma parmegiana. A verba arrecadada também serve para bancar os custos da construção da nova sede administrativa, no Complexo Humberto Reale.

Atualmente, o São Bento está comercializando uma feijoada. O prato, que serve até duas pessoas, custa R$ 50 e deve ser retirado no centro de treinamentos do clube, amanhã. O torcedor também pode adquirir uma camiseta comemorativa do Azulão por R$ 100.

Novo visual

Mesmo em meio à paralisação do futebol e à crise financeira, o São Bento segue trabalhando para melhorar a sua infraestrutura. Além das reformas no Centro de Treinamento Laor Rodrigues, no Humberto Reale, o clube quer adesivar o ônibus.

O veículo, que atualmente não é utilizado para o transporte dos jogadores para treinamentos e jogos, ganhará um novo visual, que será escolhido pelos torcedores beneditinos por meio de votação pela internet. São três opções. Para votar, basta acessar o link: https://enquete.app.do/qual-deve-ser-o-novo-adesivo-para-o-onibus-do-bentao/uQPLK6g4. (Zeca Cardoso)