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Isaquias e Erlon fecham Mundial de canoagem com medalha de ouro

26 de Agosto de 2018 às 15:04

Isaquias Queiroz vai embora do Mundial de canoagem velocidade com três medalhas no peito. Crédito da foto: Eduardo Knapp/Folhapress)

Isaquias Queiroz vai embora do Mundial de canoagem velocidade com três medalhas no peito. A última delas foi conquistada neste domingo (26) e é de ouro. Fruto da vitória no C2 500 m, ao lado de Erlon Souza, seu companheiro também em uma medalha da Rio-2016. A prova, porém, não faz parte do calendário olímpico. O Mundial, realizado em Montemor-o-Velho (Portugal) é o quinto seguido em que Isaquias fatura medalhas.

Com as conquistas em Duisburg (Alemanha), Moscou (Rússia), Milão (Itália) e Racice (República Tcheca), já são nove medalhas em Mundiais. Com as três da Olimpíada são 12 em seis anos competindo em alto rendimento. Tudo isso, porém, com o técnico espanhol Jesus Morlán deixando claro que o que interessa é brilhar nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Dentro dessa estratégia, que passa por esconder o jogo, o técnico não escalou Isaquias e Erlon para remarem juntos o C2 1.000m, prova que faz parte do programa olímpico. Erlon remou com Maico dos Santos e terminou na 12º colocação. Na distância de 500 metros o resultado veio com certa facilidade, com Isaquias e Erlon colocando um barco de vantagem sobre os segundos colocados, os russos Melantev e Chebotar. A Polônia faturou o bronze.

Assim como na prova individual de 500 metros, vencida por Isaquias na sexta, o resultado serve principalmente para dar moral. Afinal, os brasileiros mostram que, juntos, têm condições de, se não vencer, remar de igual para igual com os melhores barcos do mundo. Principalmente depois de um frustrante quarto lugar no C1 1.000m (distância olímpica) no Mundial do ano passado, quando Isaquias e Erlon estavam no barco. Em Montemor-o-Velho, Isaquias ainda ganhou o bronze no C1 1.000m, prova olímpica, atrás de seus dois grandes rivais: o alemão Brendle e o tcheco Fucksa. Por decisão de Morlán, ele não remou as provas de 200 metros - o C1 200m, que lhe rendeu bronze no Rio, deixou o programa olímpico.

"Eu queria a quarta [medalha de ouro], mas não deu. Mas é muito legal poder estar levando dois ouros e uma prata. O importante é vir aqui e dar o máximo, sair com a sensação de trabalho feito. Ano que vem eles vão ter que correr atrás para pegar a gente", comemorou Isaquias, em entrevista à Rede Globo. "Eu acho pouco [ter nove medalhas], quero aumentar ainda mais. Agora começar a preparação focando na vaga olímpica", continuou. O Mundial do ano que vem é classificatório para Tóquio. "Estamos no caminho certo para as Olimpíadas. Nós não estamos tão longe da vaga olímpica e de disputar o Mundial ano que vem", completou Erlon. (Uol/Folhapress)