Clubes querem competição mais curta

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Sequência de jogos deve ser mantida, porém em prazo menor. Crédito da foto: Reprodução / CBF

Sequência de jogos deve ser mantida, porém em prazo menor. Crédito da foto: Reprodução / CBF

Mesmo sem ter sido anunciado, o novo calendário do Campeonato Brasileiro da Série B pode passar por mudanças. Ontem, os 20 clubes participantes se reuniram por videoconferência e chegaram à conclusão de que o ideal é que a competição ocorra entre 14 de agosto e 31 de janeiro de 2021, sem prejuízo da sequência de jogos anunciada no início do ano.

Essa ideia não é similar à proposta discutida entre Confederação Brasileiro de Futebol (CBF), Comissão Nacional de Clubes (CNC) e os 40 times das duas primeiras divisões nacionais. Afinal, na quinta-feira, ficou estipulado que o início das Séries A e B estaria previsto para 8 e 9 de agosto e o encerramento aconteceria apenas em fevereiro próximo.

Os times, porém, avaliam que, se as datas forem mantidas, pode ocorrer um choque entre o início da Série B e a reta final dos Estaduais. Além disso, como vão jogar duas vezes por semana, em média, e não participam de competições sul-americanas, entendem que a Série B não precisa se estender até fevereiro próximo.

O ponto pacífico é que, dependendo dos protocolos de saúde e da evolução da pandemia de Covid-19, algumas equipes precisarão atuar longe de casa. Além disso, a Série B deverá ser disputada com o mesmo regulamento -- todos contra todos, em turno e returno, com os quatro melhores conquistando o acesso. No entanto, as partidas não deverão contar com torcida.

Série C

Enquanto as séries A e B -- embora discordantes -- já têm um plano traçado para a competição neste ano, os clubes da Série C -- incluindo o São Bento -- ainda estão em busca de uma saída que beneficie a todos. Uma definição deverá ser anunciada após reunião dos representantes das 20 equipes que está marcada para a semana que vem.

Um dos problemas é a proibição de atividades esportivas em várias cidades, por conta do agravamento da epidemia de Covid-19. “O que aconteceu é que a maioria dos clubes das Séries A e B aceitaram que, caso as cidades onde estão sediados não tenham condições, eles aceitam jogar em outras cidades. Na Série C, eu era o único representante. Então, não tinha como decidir”, explica Constantino Júnior, presidente do Santa Cruz, único dirigente da Série C que participou das negociações realizadas pela CBF nesta semana.

“Até porque, no caso da Série C, os clubes não têm receita e isso dificulta”, acrescenta Constantino. A questão financeira, apontada pelo mandatário do clube pernambucano, tem sido um dos grandes problemas para as equipes da Série C. Sem cotas de transmissão, eles tentam um apoio financeiro da CBF, algo que será tratado também na reunião.

Com relação à possível data para retorno, a tendência é que a retomada da competição seja estipulada para a segunda quinzena do mês de agosto. Principalmente porque boa parte dos clubes nem sequer iniciaram o período de treinamento. (Da Redação, com Estadão Conteúdo e agências)