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França vence Bélgica e está na final da Copa do Mundo da Rússia

10 de Julho de 2018 às 12:03

Com gol de Samuel Umtiti, a França venceu a Bélgica por 1 a 0, nesta terça-feira em São Petersburgo, e se garantiu na final da Copa do Mundo da Rússia-2018 à espera de Inglaterra ou Croácia.

O zagueiro do Barcelona fez o único gol do jogo em cobrança de escanteio, aos seis minutos do segundo tempo, recolocando os Bleus na decisão da competição após 12 anos.

A final vai ser especial para o técnico Didier Deschamps, que foi o capitão na primeira decisão dos franceses em uma Copa do Mundo há 20 anos, levantando o troféu em casa ao vencer Brasil na final (3-0). Deschamps pode se juntar a Zagallo e Franz Beckenbauer como únicos que conquistaram o título como jogador e treinador.

Depois do vice-campeonato para a Itália, em 2006, a França tem mais uma chance de chegar ao bicampeonato contra Inglaterra ou Croácia, que se enfrentam nesta quarta-feira em Moscou por uma vaga na final.

Já a "Geração Dourada" da Bélgica, que eliminou o Brasil nas quartas de final, acabou sucumbindo novamente na semifinal e vai em busca de um terceiro lugar. Os Diabos Vermelhos, que apostavam no trio infernal formado por Eden Hazard, Kevin De Bruyne e Romelu Lukaku, nunca chegaram à final da Copa do Mundo.

Lá e cá 

A partida começou aberta, com as duas equipes marcando forte e diminuindo espaços para os poderosos ataques adversários. Mas pouco a pouco a Bélgica começou a ditar o ritmo do jogo e pressionar o time francês.

Os Diabos Vermelhos levaram muito perigo em dois chutes de Hazard, aos 14 e 18 minutos, e Lloris precisou fazer defesa salvadora após chute de Alderweireld, aproveitando sobra em cobrança de escanteio, aos 21.

Após os 30 minutos os Bleus começaram a equilibrar a partida, chegando com perigo em cabeçada de Giroud. Na sequência, Griezmann tentou chamar a responsabilidade em dois chutes de fora da área, aos 32 e 37, mas mandou para fora em ambas tentativas.

A melhor chance da campeã veio aos 39, quando Mbappé recebeu pelo lado direito e tocou para a chegada de Pavard invadindo a área. O lateral chutou cruzado e parou em grande defesa de Courtois, que cresceu para cima do francês e mandou para escanteio com o pé.

 Bola parada decide outra vez 

Na volta do intervalo, a Bélgica começou novamente dominando as ações ofensivas. Mas em jogada de bola parada foi a França que conseguiu furar o bloqueio para sair em vantagem. Aos cinco minutos, Griezmann cobrou escanteio pelo lado direito para Umtiti antecipar à marcação do gigante Fellaini, desviando para estufar a rede de Lloris.

O gol deu ânimo ao time, que quase conseguiu ampliar após passe de letra sensacional de Mbappé, deixando Giroud cara a cara com Courtois. Mas a zaga chegou abafando o chute do centro-avante, impedindo o segundo gol francês aos 11 minutos.

Precisando do empate, Roberto Martínez colocou Dries Mertens em campo e recuou De Bruyne para melhorar a saída de bola. Aos 19, o atacante da Napoli cruzou na cabeça de Fellaini, que testou rente à trave direita do arqueiro belga e quase conseguiu a igualdade.

Mas a França recuou a equipe à espera de um contra-ataque. Com a defesa fechadinha, o tempo foi passando e complicando as chances de reação belga, que não encontrava espaços.

A necessidade de movimentação para abrir espaços na defesa francesa foi cansando os algozes do Brasil, que começaram a sentir a parte física. Aos 36, a solução foi tentar de longa distância com Witsel, que parou na boa defesa de Lloris.

Destaques nas quartas de final, De Bruyne e Lukaku estiveram mais apagados contra a França. Hazard era a melhor opção ofensiva, mas estava sobrecarregado e contava com a presença constante do baixinho Kanté em sua marcação.

Nos minutos finais, a Bélgica foi para o tudo ou nada em busca de um gol que levasse o jogo para a prorrogação. Mas a França se defendeu bem, tendo inclusive chances de ampliar a vantagem com chutes de Griezmann (47) e Tolisso (50), defendidos por Courtois.

Nos minutos finais, Mbappé apareceu para cadenciar o jogo e segurar o resultado esbanjando maturidade com apenas 19 anos e garantindo a França pela terceira vez na final da Copa do Mundo.