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Empresa do ex-governador de SP João Doria bancou STF em Nova York

O evento garantiu que não pagou cachê a nenhum palestrante da Brazil Conference, realizada entre os dias 14 e 15

17 de Novembro de 2022 às 00:04
Cruzeiro do Sul [email protected]
Ministros foram ofendidos por manifestantes brasileiros
Ministros foram ofendidos por manifestantes brasileiros (Crédito: REPRODUÇÃO / REDES SOCIAIS)

Em meio a especulações sobre quem bancou todos os gastos com passagens, hospedagem e refeições de cinco dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para encontro de empresários em Nova York, a direção do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) -- empresa de eventos ligada ao ex-governador de São Paulo João Doria --, informou ter custeado as despesas dos magistrados.

O evento garantiu que não pagou cachê a nenhum palestrante da Brazil Conference, realizada entre os dias 14 e 15. “Os palestrantes da Brazil Conference viajaram a convite do Lide, que custeou passagens aéreas, hospedagem, alimentação e transfers. E não houve pagamento de cachê a nenhum expositor”, informou a organização, em nota.

Viajaram às expensas do Lide os ministros Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Procurado, o STF informou que a viagem não teve “nenhum custo” para o tribunal.

As despesas dos ministros na viagem aos Estados Unidos para falarem sobre a democracia já são alvo de uma ação no próprio STF. O advogado Carlos Alexandre Klomfahs protocolou petição por meio da qual pede informações sobre os gastos e quem bancou tudo. O argumento é que o “órgão de cúpula do Poder Judiciário exige observância de ética e transparência”.

“Tais participações sem as respectivas prestações de contas podem abrir um precedente perigoso para cumprimento dos deveres institucionais do STF, violando vários princípios republicanos‘, diz um trecho do pedido. (Estadão Conteúdo)