Eleições 2022
Em Sorocaba, 18% dos eleitores aptos a votar não foram às urnas
Justiça Eleitoral informou que 93.037 dos 513.603 eleitores locais abdicaram de seu direito no domingo (2)
Mais de 18% dos eleitores aptos a votar em Sorocaba não compareceram às urnas no domingo (2). A informação foi confirmada nesta segunda-feira (3) pelos Cartórios Eleitorais do município. Segundo a Justiça Eleitoral, 513.603 eleitores locais podiam exercer seu direito a voto nas Eleições 2022.
De acordo com os dados contabilizados pelo órgão, a abstenção na cidade foi de 93.037 (18,11%) pessoas. Nas eleições de 2020, a abstenção em Sorocaba atingiu 26,65%, enquanto, em 2018, o índice chegou a 12,25%.
Os cartórios informaram ainda que 39.836 (7,76%) pessoas votaram em branco, e os votos nulos chegaram em 16.413 (3,19%) para presidente. Em relação a governador, 33.112 (6,44%) eleitores de Sorocaba votaram em branco e 38.769 (7,54%) anularam o voto.
Os eleitores que exerceram seu direito este ano elegeram três candidatos a deputado federal em Sorocaba: Capitão Derrite (PL) foi eleito com 239.772 votos; Jefferson Campos (PSD) recebeu 155.336 votos e Vitor Lippi (PSDB) 106.661 votos.
Candidatos de outras cidades da Região Metropolitana de Sorocaba também foram eleitos. Em Itapetininga, Simone Marquetto (MDB) foi eleita com 97.730 votos. E, em Itu, Erika Hilton (Psol) foi eleita com 256.903 votos. Kim Kataguiri (União Brasil), natural de Salto, recebeu 295.460 votos.
Para o cargo de deputado estadual, foram eleitos em Sorocaba Carlos Cezar (PL) com 180.690 votos, Danilo Balas (PL) 94.552, Maria Lucia Amary (PSDB) com 66.956 e Vitão do Cachorrão (Republicanos) com 56.729 votos. Em Itu, Rodrigo Moraes (PL) foi eleito com 75.094 votos e Monica do Movimento Pretas (PSol) com 106.781 votos. Edson Giriboni (União) foi eleito com 59.087 votos em Itapetininga.
Filas e transtornos
A eleição deste ano na cidade também foi marcada pelas grandes filas e alguns transtornos com a biometria. A escola estadual Prof. Wilson Ramos Brandão, no Parque Ouro Fino, é um dos exemplos. Meia hora após a abertura dos portões, mais de 50 pessoas aguardavam para votar.
Na escola estadual Marco Antônio Mencacci, no bairro Aparecidinha, ainda havia filas faltando menos de uma hora para o fechamento dos portões. Um dos motivos da demora para alguns eleitores votar foi por conta de problemas na biometria. Segundo os munícipes que votaram na escola municipal Quinzinho de Barros, na Vila Hortência, pelo menos 20% dos eleitores da seção 8 não tiveram a digital reconhecida.
O juiz eleitoral Gustavo Scaf de Molon informou que as situações foram pontuais e que o problema não estava ocorrendo no equipamento. Segundo o juiz, a biometria de algumas pessoas são mais difíceis de serem reconhecidas. Para evitar filas no 2º turno, a recomendação é que o mesário digite o número do título de eleitor, quando o problema acontecer.
Outro motivo informado pelos órgãos responsáveis que pode ter influenciado na demora é o tempo que o eleitor levou na cabine de votação, já que dessa vez, foi preciso escolher cinco candidatos. A comunicóloga Regina Fernandes, de 45 anos, vota na escola estadual Prof. Flávio Gagliardi.
Ela informou ao Cruzeiro do Sul que as eleições passadas foram tranquilas no local, porém neste domingo a fila estava “gigante”. O apoio logístico do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou que muitos idosos votam no local, o que pode ser uma hipótese para a lentidão das filas.
Ao fim do último domingo, também foi informado o balanço final das urnas que precisaram ser trocadas em Sorocaba durante a votação. Ao todo, 20 equipamentos foram substituídos, sendo 5 na Zona Eleitoral 137, 3 na Zona Eleitoral 271, 5 na Zona Eleitoral 342, 4 na Zona Eleitoral 343 e 3 na Zona Eleitoral 356. (Vanessa Ferranti)