Supermercados traçam planos de expansão
Crédito da foto: Pxhere (8/3/2017)
As incertezas quanto aos desdobramentos da pandemia do novo coronavírus no País têm feito boa parte do empresariado congelar investimentos, mas um segmento em particular não deve recuar nas inaugurações e contratações previstas até o fim do ano: o de supermercados.
Por prestarem um serviço considerado essencial, os supermercados tiveram a vantagem de permanecerem abertos durante a quarentena e também foram beneficiados pelo auxílio emergencial de R$ 600 para desempregados e trabalhadores informais de baixa renda, cujo destino principal foi a compra de alimentos, artigos de higiene e medicamentos.
Por causa da pandemia, as vendas do varejo caíram 2,8% em março e 16,3% em abril, segundo o IBGE. Em maio, houve recuperação de 13,9%, insuficiente para repor as perdas, mas impulsionada, em boa parte, pelas vendas feitas em supermercados, que cresceram 14,3% naquele mês.
O presidente da Apas, Ronaldo dos Santos pondera que os supermercados devem notar uma queda nos negócios à medida que a reabertura do comércio se consolidar. O setor caiu de 0,4% em junho, ante o mesmo período de 2019, após ter tido alta de 12,3% em maio, segundo dados exclusivos obtidos pelo Estadão. “O setor já esperava uma retração nas vendas devido ao aumento do desemprego, o que obriga os consumidores a serem mais seletivos.” (Douglas Gavras - Estadão Conteúdo)