Supermercados traçam planos de expansão
As incertezas quanto aos desdobramentos da pandemia do novo coronavírus no País têm feito boa parte do empresariado congelar investimentos, mas um segmento em particular não deve recuar nas inaugurações e contratações previstas até o fim do ano: o de supermercados.
Por prestarem um serviço considerado essencial, os supermercados tiveram a vantagem de permanecerem abertos durante a quarentena e também foram beneficiados pelo auxílio emergencial de R$ 600 para desempregados e trabalhadores informais de baixa renda, cujo destino principal foi a compra de alimentos, artigos de higiene e medicamentos.
Por causa da pandemia, as vendas do varejo caíram 2,8% em março e 16,3% em abril, segundo o IBGE. Em maio, houve recuperação de 13,9%, insuficiente para repor as perdas, mas impulsionada, em boa parte, pelas vendas feitas em supermercados, que cresceram 14,3% naquele mês.
O presidente da Apas, Ronaldo dos Santos pondera que os supermercados devem notar uma queda nos negócios à medida que a reabertura do comércio se consolidar. O setor caiu de 0,4% em junho, ante o mesmo período de 2019, após ter tido alta de 12,3% em maio, segundo dados exclusivos obtidos pelo Estadão. “O setor já esperava uma retração nas vendas devido ao aumento do desemprego, o que obriga os consumidores a serem mais seletivos.” (Douglas Gavras - Estadão Conteúdo)