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Reformas indicam melhora econômica do Brasil em 2020

31 de Dezembro de 2019 às 00:01

Reformas indicam melhora econômica do Brasil em 2020 Para o mercado financeiro, mudanças implementadas pelo governo foram bem-vindas. Crédito da foto: Miguel Schincariol / Arquivo AFP (29/10/2018)

Reforma da Previdência, redução de juros e o programa de privatizações do governo, entre outros fatores, deram ânimo à economia brasileira em 2019. As mudanças foram sentidas pelo mercado financeiro e o ano que termina garantiu grandes lucros para a Bolsa de Valores de São Paulo.

“O governo deu direcionamento a reformas que vinham sendo adiadas por vários governos”, diz Jefferson Laatus, da consultora Laatus. O mercado chegou a temer que as polêmicas provocadas pelos setores mais ideológicos do governo de direita, mas se tranquilizou quando o Congresso aprovou em outubro a reforma previdenciária, que prevê uma economia em torno de R$ 800 bilhões em dez anos. Agora pressiona por outras reformas, como a administrativa ou a tributária.

“A expectativa para 2020 é muito grande, 2019 foi um ano base para o Brasil arrumar a casa e tomar medidas que ainda vai render frutos. 2020 tende a ser muito melhor, com mais reformas e privatizações, e medidas que tendem a acelerar a economia”, acrescenta Laatus. Além disso, com a queda nas taxas, as empresas podem “pedir empréstimos mais baratos e começar a investir”.

O crescimento econômico mostrou sinais de maior dinamismo no terceiro trimestre, principalmente no consumo, e as vendas de Natal confirmaram que a tendência se reforçou no quarto trimestre.

O Ibovespa registrou um crescimento de mais de 30% no ano e os analistas esperam para 2020 novos aumentos, graças à redução das tensões internacionais, à queda nas taxas de juros e às reformas pró-mercado do presidente Jair Bolsonaro.

Este é o quarto ano consecutivo de ganhos do Ibovespa, que passou de 87.887 pontos no final de 2018 para 115.645 pontos no fechamento de ontem (queda de 0,76% no dia).

O ano de 2019 foi o segundo de crescimento mais rápido da década, após a disparada de 37% em 2016. Esse salto ocorreu após a queda de 12% em 2015, quando o País estava afundando em uma recessão de dois anos e na crise política.

A Bolsa brasileira não foi a única com altos rendimentos este ano, fortalecidos nas últimas semanas com os sinais de um acordo para acabar com a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

O Banco Central (BC), com inflação controlada, reduziu a taxa Selic em dezembro para um nível recorde de 4,5%. Refletindo a maior facilidade de acesso ao crédito, entre os setores mais rentáveis em 2019 estão as vendas no varejo e a construção civil, além de proteínas animais. Também o da energia, diante da perspectiva de privatização da Eletrobras.

Os gigantes brasileiros tiveram comportamentos variáveis. A Petrobras, imersa em um vasto plano de vendas de ativos, valorizou-se 29% desde janeiro. A Vale, que afundou mais de 15% após a tragédia mineira de Brumadinho em janeiro, registrou um ganho anual de mais de 7% até sexta-feira.

O desemprego no Brasil teve redução de 11,6% no trimestre de agosto-outubro para 11,2% em setembro-novembro e ficou pela primeira vez desde 2016 abaixo da barreira de 12 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE. (AFP e Redação)