Redes de supermercados investem em produtos de marca própria
As marcas próprias dos supermercados ganham cada vez mais espaço nas prateleiras dos estabelecimentos e já conquistam o público, muito além dos preços, também pela qualidade dos produtos. Grandes redes como Coop, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Dia e Carrefour atuam no segmento e muitas trabalham para expandir parcerias com a indústria, lançando centenas de produtos.
De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), a estratégia das gigantes supermercadistas envolve um aumento significativo da oferta de itens de marcas próprias principalmente em alimentos e bebidas. O preço para o consumidor chega a ser de 30% a 35% mais barato que as marcas líderes. Para a associação, o estigma de qualidade inferior desses produtos já foi superado.
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O gerente da unidade Árvore Grande da Coop, Luciano Silvério, conta que para a empresa o importante é investir na qualidade desses produtos. “A gente preza mais pela qualidade, do que por ser mais barato. A nossa estratégia é ter produto de marca própria com uma qualidade igual ou superior a da marca líder de mercado”, explica. Os itens vão desde produtos de limpeza, perecíveis até mercearia. “São aproximadamente 380 itens de marca própria, fora produtos de padaria”, afirma.
A garantia da qualidade é conquistada por meio de “testes cegos”, em que consumidores provam os itens sem saber a marca. Luciano explica que muitos dos produtos que levam a marca do supermercado são produzidos por marcas líderes de mercado. O foco é em promover a visibilidade da marca e não apenas o menor preço.
A advogada Alessandra Machado, de 41 anos, conta que costuma comprar os produtos das marcas de hipermercado e que às vezes até dá preferência para eles. A consumidora avalia que, além do preço, a qualidade também é um atrativo. “Às vezes a marca do mercado é melhor”, diz. A confeiteira Rute de Campos Lima,47 anos, acredita que mais importante do que uma marca é o resultado que ela dá em suas receitas, o que descobre testando. Por isso, não tem preconceitos com marcas de supermercados. “Tem que testar”, afirma. (Da Redação)