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Nobel de Economia 2019 vai para iniciativa em aliviar a pobreza no mundo

14 de Outubro de 2019 às 09:08

Esta foi a 7ª vez que o prêmio de economia foi entregue para três pessoas. Crédito da foto: Jonathan Nackstrand / AFP

Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer foram anunciados nesta segunda-feira, 14, como os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2019. Eles foram premiados pela abordagem experimental em aliviar a pobreza no mundo. Esta foi a 51ª premiação na categoria, que já laureou mais de 80 pessoas desde 1969.

Banerjee e Esther são da Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, enquanto Kremer é da Universidade Harvard, também nos EUA. Esther é a segunda mulher a ganhar o prêmio de economia na história e a mais nova a ser laureada, aos 46 anos. A primeira mulher vencedora na categoria foi Elinor Ostrom, em 2009.

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"Como resultado direto de um de seus estudos, mais de cinco milhões de crianças indianas se beneficiaram de programas eficazes de aulas de reforço na escola", afirmou o comitê do Nobel, em comunicado. "Outro exemplo são os pesados subsídios para cuidados de saúde preventivos que foram introduzidos em muitos países."

Esta foi a 7ª vez que o prêmio de economia foi entregue para três pessoas. Em 25 oportunidades apenas uma pessoa foi laureada e em 19 delas foi para duas pessoas.

O premiados vão receber 9 milhões de coroas (US$ 918 mil dólares), uma medalha de ouro e um diploma. Na semana passada, foram concedidos seis prêmios Nobel - medicina, física e química, além de dois prêmios de literatura e o cobiçado Nobel da Paz.

África e América Latina

O norte-americano Michael Kremer é conhecido por suas experiências em assuntos relacionados ao desenvolvimento de países da África e da América Latina. O economista, que fez pesquisas nas áreas de educação, saúde, abastecimento de água e agricultura, é atualmente professor de Sociedade de Desenvolvimento no Departamento de Economia de Harvard, onde também lidou com questões relacionadas à imigração e à globalização.

A Academia Real de Ciências da Suécia destacou que Kremer ajudou a demonstrar, em meados dos anos 90, a utilidade da abordagem experimental para testar intervenções destinadas a melhorar os resultados escolares no oeste do Quênia.

De acordo com a universidade onde ele agora trabalha e onde obteve seu PhD em Economia, Kremer foi selecionado como um dos 50 cientistas americanos mais importantes e recebeu prêmios por seu trabalho em economia da saúde, economia agrícola e América Latina.

Ele também contribuiu para estudos sobre o estímulo ao investimento privado na pesquisa de vacinas e na distribuição destes para combater doenças nos países em desenvolvimento. (Estadão Conteúdo, com agências internacionais)