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Guedes: não investir no Brasil será erro

21 de Outubro de 2020 às 00:01

Guedes: não investir no Brasil será erro Crédito da foto: Mateus Bonomi / AGIF / Arquivo Estadão Conteúdo (16/3/2020)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu ontem que os investidores mantenham ativos no Brasil. Guedes destacou que o País manterá a agenda de reformas, atualização de marcos regulatórios e privatizações. “Será um grande erro não investir no Brasil”, disse em conferência, transmitida pela internet, sobre oportunidades para Brasil e Estados Unidos, organizado pelo Milken Institute.

Para o ministro, é natural que a taxa de câmbio fique mais alta, enquanto os juros são mais baixos. “Estamos há um ano e meio sem corrupção no governo, e isso nunca aconteceu antes. É normal que a taxa de juros caia e a taxa de câmbio aumente, mas os investidores estrangeiros podem ficar tranquilos que teremos bons mecanismos de hedge (proteção)”, afirmou.

Segundo o ministro, o governo não vai aumentar a carga tributária. “Não vamos aumentar impostos no Brasil, vamos reduzir tributos das empresas”, disse Guedes. Ele acrescentou o governo quer criar imposto sobre dividendos e simplificar o sistema tributário no Brasil.

A primeira parte da reforma tributária foi enviada pelo governo em julho, com a unificação de tributos na futura Contribuição sobre a Receita decorrente de Operações com Bens e Serviços (CBS), com alíquota única de 12%.

A equipe econômica estuda ainda mudanças no Imposto de Renda, cobrança de alíquota sobre lucros e dividendos e proposta para desonerar a folha de pagamento das empresas em troca da criação de uma contribuição sobre transações.

Meio ambiente

Guedes disse ainda que o País vem sendo “mal interpretado” no que diz respeito a questões ambientais. Ele lembrou que, no passado, foi considerado importante “ocupar o território” da Amazônia, o que é mal visto até hoje, mas não é possível tirar a população. Ele disse ainda que é preciso haver políticas para preservar e transformar a região.

De acordo com o ministro, é difícil controlar todo o território da Amazônia devido ao tamanho da região, “maior do que a Europa”. “Nossa bandeira é verde e amarela, somos verdes, temos as matrizes energéticas mais limpas do mundo”, enfatizou Guedes. (Agência Brasil)