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Guedes diz que Executivo e Legislativo estão alinhados pela Previdência

20 de Fevereiro de 2019 às 18:02

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (20) que o Poder Executivo, a Câmara e o Senado estão trabalhando juntos na questão da reforma da Previdência. “Estamos trabalhando juntos nisso. Nós encaminhamos, demos o tiro inicial, isso vai circular na Câmara, para dar sugestões, os governadores deram sugestões, é o rito normal”, afirmou Guedes, em entrevista na portaria do Ministério da Economia, em Brasília. “Alguma flexibilização, um ponto ou outro para flexibilizar a situação dos Estados, evidentemente estamos preocupados”, acrescentou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Guedes, entretanto, fez questão de ressaltar a recepção positiva ao projeto. “A recepção dos governadores foi extraordinária, o papel do (presidente da Câmara, Rodrigo) Maia foi excepcional, o papel do (presidente do Senado) Davi (Alcolumbre) foi excepcional na reforma. Tanto a Casa do Povo quanto o Senado receberam extraordinariamente bem”, disse Guedes. “Os prefeitos têm vindo aqui, conversar, conversamos com mais de 30. A Frente Nacional de Prefeitos esteve aqui. Todos apoiam integralmente”, pontuou.

Doria apoia reforma

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou também nesta quarta-feira (20), após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que a bancada de parlamentares de São Paulo apoia a proposta de reforma da Previdência, apresentada pelo governo.

"Viemos aqui (no ministério) reafirmar ao ministro o apoio do governo de São Paulo, da bancada de São Paulo, à reforma da Previdência, à sua proposta, à sua essência, a aquilo que poderá impactar no Brasil", disse Doria. Ao seu lado, estavam o secretário da Fazenda e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o próprio ministro Paulo Guedes, que surpreendeu ao descer com Doria até a portaria do prédio, para falar com a imprensa.

João Doria Governador Doria diz que São Paulo vai ser impactado com a reforma - Crédito da foto: Nelson Almeida/AFP

"São Paulo também será muito impactado, porque a reforma da Previdência vai abrir as comportas de novos investimentos, que serão colocados no setor de infraestrutura", disse Dória. "São Paulo tem também um amplo projeto de desestatização. Este programa será multiplicado em seu potencial havendo a reforma da Previdência, a partir do segundo semestre deste ano", acrescentou.

De acordo com Doria, a reforma tem importância estratégica para o Estado e o País como um todo, "sobretudo porque diminui a pobreza, aumenta a geração de empregos, diminui a miséria, e coloca o Brasil dentro da faixa de crescimento, catapultando o Brasil a outro patamar".

Doria pontuou, ao mesmo tempo, que o Brasil tem diferenças sociais "agudas". "Entre os Estados com maior pobreza e melhor condição econômica, há diferenças muito grandes. É preciso que a reforma da Previdência interprete isso de forma adequada", disse. (Estadão Conteúdo)