Comércio on-line fatura 45% a mais neste Natal

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Valor médio de compras no período aumentou para R$ 462. Crédito da foto: Marcos Santos / USP Imagens

As vendas on-line do varejo brasileiro cresceram 44,6% no Natal de 2020 em relação à mesma data de 2019, de acordo com levantamento realizado pela EbitNielsen. Ao todo, as vendas entre os dias 10 e 24 de dezembro somaram R$ 3,76 bilhões. No mesmo intervalo do ano passado, o volume de vendas através dos canais on-line havia sido de R$ 2,6 bilhões.

De acordo com o levantamento, os brasileiros fizeram 8,1 milhões de pedidos pela internet nos 14 dias anteriores ao Natal, alta de 27,5% em um ano. O tíquete médio das compras realizadas on-line aumentou 13,4%, para R$ 462, o que ajudou a impulsionar o valor vendido.

Na comparação com os últimos cinco anos, 2020 teve o maior crescimento no faturamento da data para o e-commerce brasileiro. Entre 2016 e 2017, a alta foi de 14%, enquanto que no ano seguinte, o crescimento foi de 19%. Em 2019, o faturamento teve crescimento menor, de 2% em relação a 2018, quando as vendas foram de R$ 2,54 bilhões, segundo a pesquisa.

Por outro lado, neste ano, a fatia das compras no período realizadas por clientes que nunca haviam comprado on-line foi a menor do intervalo. Segundo a EbitNielsen, 14% dos consumidores fizeram sua primeira compra on-line neste Natal.

No ano passado, 16,4% dos compradores estavam recorrendo ao e-commerce pela primeira vez. Em 2018, o porcentual era de 17,3% Em 2017 foi de 14,8%, e em 2016, de 15,9%.

Vantagens

Segundo os especialistas, as compras on-line têm, entre suas vantagens, a possibilidade de comparação de preços, que é facilitada por não haver necessidade de deslocamento.

“A compra on-line (ampliada desde que se adotou o isolamento social como medida de enfrentamento da pandemia) trouxe dois pontos importantes: a real comparação de preços e a redução das compras por impulso. Apesar de antes da pandemia ser possível comparar preços pela internet, muitos não faziam isso”, diz o conselheiro da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), Andrew Frank Storfer. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)