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Aumento da procura faz gás de cozinha faltar em alguns revendedores

01 de Abril de 2020 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

Maior procura faz faltar botijões de gás A previsão é de normalizar nos próximos dias. Crédito da foto: Fábio Rogério (31/3/2020)

Está faltando gás de cozinha (GLP) em várias revendedoras de Sorocaba. Em quatro estabelecimentos consultados pelo Cruzeiro do Sul, nesta terça-feira (31), não havia mais. A alta é atribuída à demanda maior, em especial, nas últimas duas semanas, em função do avanço da pandemia do novo coronavírus.

“Não tem gás”, afirma o comerciante José Rodrigues, que tem revendedora no Jardim São Conrado. Aliás, essa afirmação, conforme ele, tem sido frequente nos últimos dias. “Recebi trinta botijões e já foi tudo”, conta. “Faz uns dez dias que está assim. Sexta e sábado eu fiquei sem gás. Segunda-feira veio de um atravessador”, lembra. Ele afirma ainda que o preço do produto, na última compra, teve aumento.

Tiago Martins, que também é revendedor na zona norte da cidade, conta que as pessoas, com intuito de estocar, estão comprando o “casco”, chegando, em algumas situações, a ter três botijões. “Não precisa nem entregar. Quando temos, a pessoa vem buscar de forma frenética.”

Sobre a distribuição, Martins comenta que está havendo um gargalo e a situação deverá se normalizar nos próximos dias. “Penso que em dez dias a situação deverá estar mais equacionada. O gás não acaba da noite para o dia na casa das pessoas, muito embora o consumo aumentou, já que as pessoas não estão comendo nas fábricas, na rua”, opina.

A revendedora Solange Nobrega conta que está limitando a venda e mesmo assim, tem faltado. Ela afirma que está mantendo o preço.

A Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG), do Ministério das Minas e Energia, informou que se reuniu com diversos agentes do setor envolvidos no abastecimento de gás de cozinha. De acordo com a pasta, houve antecipação de compras. “Este comportamento criou uma escassez pontual de GLP e filas de consumidores nos distribuidores e revendedores, mas (a situação) deve estar normalizada nos próximos dias”, avalia. (Marcel Scinocca)