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Após 4 anos, Sorocaba fecha o ano com geração de emprego

24 de Janeiro de 2019 às 08:17

O comércio abriu 62 postos de trabalho na cidade em dezembro. Foto: Divulgação

Sorocaba fechou 2018 com saldo positivo na contratação de trabalhadores com carteira assinada. Foi a primeira vez em quatro anos, pois de 2014 a 2017 os números foram negativos. O ano passado terminou com a geração de 2.672 empregos na cidade, resultado de 75.382 contratações e 72.710 demissões.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, e foram divulgados nesta quarta-feira (23).

Apesar do desempenho positivo do emprego em Sorocaba no ano passado, em dezembro o saldo foi negativo, com 1.274 postos de trabalho a menos. Habitualmente, como ocorreram também em anos anteriores, o último mês do ano é de registros negativos.

Em dezembro, o comércio manteve saldo positivo na cidade, com abertura de 62 vagas. Mas outros setores importantes tiveram balanço negativo: serviços (-670), indústria (-270), administração pública (-248) e construção civil (-145).

No ano, o setor de serviços liderou na geração de empregos em Sorocaba, com saldo de 2.772, seguido pelo comércio (175). Administração pública (-111), indústria (-97) e construção civil (-88) tiveram perdas.

Antes de 2018, o ano anterior com fechamento de resultado positivo foi 2013, com a criação de 9.696 postos de trabalho na cidade. De 2014 a 2017, período da grave crise econômica que afetou o Brasil, os números fecharam no negativo. Nesse período, 2015 terminou com fechamento de 12.504 postos de trabalho em Sorocaba, pior número desde a implantação do Caged em 1992.

No Brasil, a geração de empregos foi positiva em 2018, mas em dezembro, assim como em Sorocaba, houve mais demissões do que contratações (leia ao lado).

Expectativas

O delegado do Conselho Regional de Economia, Sidney Oliveira, considera que o balanço de 2018 atesta o que tem falado há algum tempo: “Economia é expectativa.” Entre as diferentes variáveis, ele enumera a mudança de governo legitimamente empossado, do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Oliveira lembra que trata-se de um governo que no seu potencial de gerar expectativa tem como principal linha de pensamento o liberalismo econômico, que consiste na menor interferência do Estado nas empresas.

“Lógico que ainda é muito cedo, vamos ver como a economia vai se desenrolar este ano e o ano que vem”, analisa o economista. “Cria-se esse tipo de expectativa, as pessoas começam a acreditar mais, as pequenas coisas começam a dar resultado, ainda que timidamente.”

Sidney Oliveira acredita que ainda há um caminho longo para a retomada econômica. “Para a gente voltar ao nível de 2010 e 2011, vamos chegar lá por 2020 no mesmo nível, se a economia seguir nesse ritmo”, avalia.

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